Claudia Sheinbaum apresenta projeto de lei contra o abuso sexual logo após sofrer assédio  

Parlamentares manifestaram solidariedade a Claudia Schinbaum logo após a agressão (Germán Canseco/La Jornada)

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, apresentou uma queixa formal contra o homem que a assediou em público, enquanto caminhava e cumprimentava cidadãos no centro histórico da Cidade do México, a poucos metros do Palácio Nacional, na terça-feira (4).

Logo após o assédio, a chefe da Secretaria da Mulher, Citlalli Hernández apresentou, nesta quinta-feira, o Plano Integral contra o abuso sexual elaborado por iniciativa da presidente. O projeto de lei visa rever as leis vigentes no país sobre abuso sexual – crime do qual o presidente foi vítima – para conseguir homologação e puni-lo criminalmente em todo o território nacional.

O episódio em que um homem se aproximou da presidente e a tocou, tentando beijá-la no pescoço, sem o seu consentimento, foi registrado por câmeras e presenciado por dezenas de pessoas. Em coletiva desta quarta (5), Claudia afirmou que decidiu denunciar o caso “como mulher, não apenas como presidente”, destacando o simbolismo do gesto em defesa de outras vítimas.

A presidente mexicana participaria do primeiro encontro nacional de Universidades e Instituições de Ensino Superior nas instalações do Ministério da Educação Pública (SEP). Ela, então, decidiu caminhar até o local, já que fica a poucos quarteirões do Palácio presidencial.

Foi durante essa caminhada pelo movimentado centro da Cidade do México que o homem, aproveitando-se do fato de outros cidadãos estarem cumprimentando Claudia, aproximou-se dela e tentou beijar seu pescoço e, em seguida, abraçá-la por trás.

Horas depois, as autoridades federais confirmaram que prenderam o assediador, identificado como Uriel Rivera Martínez, e o encaminharam à Procuradoria da Cidade do México para Crimes Sexuais. 

ASSÉDIO É CRIME

A presidente confirmou que o agressor — que estava embriagado — foi detido pelas autoridades locais. Ela classificou o episódio como um crime e reforçou que ninguém deve ter seu espaço pessoal violado.

“Vamos proceder de acordo com a lei. Hoje reafirmamos nosso compromisso com a tolerância zero à violência contra as mulheres. O assédio não tem lugar nesta cidade. Se uma de nós é atacada, todas somos atacadas”, alertou a prefeita da Cidade do México, Clara Brugada, em uma mensagem nas redes sociais, somando-se às medidas nacionais.

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