Finalizar Angra 3 é opção “mais lógica e benéfica para o Brasil”, aponta estudo do BNDES

Angra 3 ficou paralisada desde 2015 (Foto: Divulgação - Eletronuclear)

Documento foi enviado esta semana pela Eletronuclear ao Ministério de Minas e Energia, e a decisão será debatida no Conselho Nacional de Segurança Energética (CNPE)

Encomendado pela Eletronuclear, o estudo sobre a viabilidade econômica da retomada das obras da usina Angra 3, realizado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), concluiu que terminar a construção é a opção “mais lógica e benéfica para o Brasil”.

O documento foi enviado esta semana pela Eletronuclear ao Ministério de Minas e Energia, e a decisão sobre a retomada das obras de Angra 3, paralisadas desde 2015, será debatida no Conselho Nacional de Segurança Energética (CNPE) – agora com o aval técnico de que é mais barato concluir, do que desistir do projeto.

A atualização do estudo da Eletronuclear mostra que o custo do cancelamento será de R$ 22 a 25,97 bilhões, enquanto as estimativas para finalizar a obra, já 66% concluída, é de R$ 23,9 bilhões.

O estudo considera cenários como: a conclusão integral com recursos públicos, a participação de um sócio privado – mantendo o acordo entre a Eletrobrás e a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional, ou, por fim, o abandono do projeto.

Manter as obras paradas custa cerca de R$ 1 bilhão por ano, reforça a companhia. Esse valor corresponde ao pagamento de dívidas de recursos investidos e gastos com conservação de equipamentos e estruturas. No total, já foram investidos R$ 12 bilhões no projeto de Angra 3, que desde setembro de 2024 é bancado com recursos das usinas Angra 1 e 2.

A Eletronuclear defende que a atualização do estudo confirma que a conclusão de Angra 3 é a opção mais racional sob os pontos de vista econômico, energético e ambiental. Além disso, afirma, que estrategicamente, a energia nuclear tem papel importante na transição para uma matriz elétrica mais limpa e segura no Brasil.

“No Brasil, Angra 1 e 2 operam com excelência há 40 anos. Com a conclusão de Angra 3 — com 1,4 GW adicionais — teremos energia limpa e contínua para 10 milhões de pessoas, consolidando nossa matriz como uma das mais sustentáveis do mundo. A atualização do estudo representa mais uma etapa na avaliação técnica e econômica de Angra 3, empreendimento estratégico para o equilíbrio da matriz elétrica brasileira e para a oferta estável, firme e limpa de energia 24/7 no longo prazo”, afirma a Eletronuclear em nota.

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