Os professores franceses dos ensinos básico e médio tomaram as ruas em diversas cidades francesas, no dia 12, contra os cortes de postos de trabalho de professores e de pessoal administrativo, conforme previsto no orçamento para 2019 que começa a ser discutido no parlamento.
Contra os cortes de Macron na Educação, mais de 4.000 se dirigiram à sede do Congresso, em Paris. A marcha foi abeta com uma faixa exigindo: “Por uma outra política para a educação. Rejeitamos todas as supressões de postos para o ensino”.
Em Marselha foram 1.000; 2.500 em Lyon; 850 em Nantes; 800 em Caen e 700 em Clermont-Ferrand.
Segundo os sindicatos, a participação na greve foi de um em cada dois professores do ensino médio e um em cada quatro no básico. Os cortes previstos chegam a 2.650 nas escolas públicas e mais 400 em cargos administrativos. Os professores defendem que estes cortes vão elevar as horas de trabalho dos professores e piorar a atenção aos alunos nas escolas, cujo número deve aumenta em 40 mil entre os anos de 2019 a 2021.
Caroline, uma das manifestantes nas ruas de Pais, também ressaltou que o corte de cargos levaria a um aumento no tamanho das turmas, “o que causará mais dificuldades para as escolas e as taxas de evasão”.
Estudo do Instituto de Estatísticas da França, o INSEE, o professor do ensino secundário – que está entre os mais mal pagos da Europa – trabalha em média 41 horas por semana, acima, portanto, das 35 previstas para os trabalhadores franceses.
Segundo o Snes-FSU, organização sindical do setor, a ampla participação dos professores na greve e nas manifestações, “é um grande descontentamento que se exprime”.