Desde que o cessar-fogo entrou em vigor em 11 de outubro, o número de mortos e feridos pelas tropas de Israel chegou a 241 e 614, respectivamente. Pelo menos 522 corpos também foram recuperados.
O número de mortos na Faixa de Gaza continua a aumentar, chegando a 69.169 neste sábado,(8), a maioria mulheres e crianças, desde o início da agressão israelense em outubro de 2023, segundo a última declaração do Ministério da Saúde. Pelo menos 170.685 pessoas também ficaram feridas, a maioria sem condições de receber qualquer atendimento médico.
Nas últimas 72 horas, dez corpos, incluindo nove que foram recuperados dos escombros e seis feridos, além de outros seis que sofreram lesões, foram levados para hospitais em Gaza.
Este número permanece incompleto, pois muitas vítimas continuam presas sob os escombros, inacessíveis para ambulâncias e equipes de resgate.
BLOQUEIO E CARÊNCIA DE VACINAÇÃO
Agências especializadas da ONU, em parceria com o Ministério da Saúde de Gaza, iniciarão neste domingo(9) uma ampla campanha de vacinação infantil no território palestino. A ação pretende imunizar milhares de crianças após dois anos de agressão do governo Netanyahu e meses de bloqueio à ajuda humanitária.
“Após dois anos dos ataques israelenses, estima-se que 1 em cada 5 crianças em Gaza não tenha recebido vacinas essenciais” afirmou a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA), em comunicado.
“A UNRWA, junto com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e parceiros, está lançando uma campanha de imunização de reforço para alcançar 44.000 crianças com vacinas que salvam vidas e protegem da desnutrição”, apontou.
“Por sua vez, a UNRWA contribuirá através de 24 centros de saúde e postos médicos em toda a Faixa de Gaza, apoiando este esforço vital para restabelecer os cuidados essenciais para as crianças de Gaza”, comunicou.
A mobilização envolverá 600 profissionais de saúde. O UNICEF e a OMS também trabalham na recuperação de 35 centros de saúde destruídos ou danificados durante a guerra, ampliando os pontos de atendimento.
De acordo com um comunicado do Escritório Central de Estatísticas da Palestina, divulgado em abril, as crianças representam 47% da população total da Faixa de Gaza, totalizando aproximadamente 980.000 pessoas.
Esta campanha de vacinação ocorre após dois anos de agressão israelense que causou um colapso quase total do sistema de saúde e interrompeu os programas de imunização, privando centenas de milhares de crianças de suas vacinas essenciais sem que haja por parte do governo genocida de Netanyahu qualquer preocupação com esse desastre.











