Traíras bolsonaristas, como sempre, conspiram para arrastar o Brasil na crise americana e colocar o país a serviço da mixórdia imperialista
Os bolsonaristas não têm limites na bajulação a Trump e na traição ao Brasil. Primeiro apoiaram as tarifas aos produtos brasileiros e as vergonhosas sanções a autoridades do país, depois desfilaram com a bandeira americana na Avenida Paulista em pleno “7 de Setembro”, agora querem votar um projeto defendido pelo bufão da Casa Branca confundindo propositalmente facções criminosas com grupos terroristas. Fazem isso para abrir espaço para que os EUA se metam novamente nos assuntos internos do Brasil.
ROUBO DO PETRÓLEO
Qualquer criança sabe que o governo dos EUA está manipulando oportunisticamente o conceito de “narcoterrorismo” para roubar o petróleo da Venezuela e outras riquezas da região. Ele faz isso para garantir seus interesses expansionistas na América do Sul. Trump simplesmente inventou, sem nenhuma prova, que os presidentes da Colômbia e da Venezuela são chefes de “narcoterroristas” e, por isso, decidiu mandar navios e aviões para bombardear e ameaçar de invasão os dois países.
Os bolsonaristas estão macaqueando o ditadorzinho de Washington e insistem em adulterar o projeto antifacção, apresentado pelo presidente Lula ao Congresso Nacional, para auxiliar a introduzir no Brasil o conceito oportunista de Trump, que mistura bandidos comuns com organizações terroristas para poder ameaçar e roubar as riquezas da região. Ninguém desconhece que essa alegação é falsa. É no petróleo venezuelano e em outras riquezas da região que Trump está de olho. Aliás, é ele mesmo quem diz isso abertamente.

Os bolsonaristas se submetem porque são apátridas e bajuladores do regime dos EUA. Eles querem, de novo, abrir espaço para que Trump possa se meter nos assuntos internos do Brasil, assim como ele está fazendo com a Colômbia, a Venezuela e o México. Os seguidores de Bolsonaro confirmam mais uma vez que são, mesmo, traidores da pátria.
O senador Flávio Bolsonaro, por exemplo, o rei das rachadinhas no Rio, é tão capacho e tão serviçal de Trump e da extrema direita dos Estados Unidos que chegou a afirmar recentemente, em suas redes digitais, que sentia inveja dos bombardeios criminosos do governo americano aos barcos de pescadores na Venezuela e pediu que Trump mandasse suas tropas bombardearem também a Baia de Guanabara. Seu irmão, Eduardo Bolsonaro, está desde fevereiro nos EUA conspirando abertamente contra o Brasil e açulando o governo Trump a agredir o Brasil.
FAMÍLIA DE TRAFICANTES
Além de Trump e sua ganância escancarada, os bolsonaristas são cúmplices também de Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, este sim intimamente ligado a narcotráfico internacional. Ele mesmo confessou essa ligação com o crime em livro com o título de “An American Son”, publicado no ano de 2012. Ali está registrado que seu cunhado era um comprovado capo do narcotráfico e toda a família (de origem cubana e radicada em Miami) sabia e se beneficiava dos crimes.
O Washington Post do ano de 2015, deu a conhecer a história de Orlando Cicilia, esposo de Bárbara, irmã mais velha de Rubio. Orlando era testa de ferro e operador do circuito de narcóticos, em tempos de seu máximo apogeu, quando Miami era considerada a capital da cocaína nos EUA. Orlando trabalhava para Mario Tabraue, outro narcotraficante de origem cubana, que teve invadida uma mansão, chamada pelos agentes federais de “A mansão Playboy”, onde encontraram drogas, armas longas e dois leopardos de propriedade do capo, que julgava ser Pablo Escobar.
Na Colômbia, eles inventam a mentira de que o presidente Gustavo Petro seria ligado ao narcotráfico. Por conta disso, já sancionaram o presidente colombiano. Mas, cinicamente, Marco Rubio é um dos maiores protetores do ex-presidente colombiano, Álvaro Uribe, condenado a 12 anos de prisão por ligações com grupos paramilitares, suborno e ameaças a testemunhas. Um relatório de 1991 do próprio Departamento da Defesa norte-americano, recentemente tornado público, vincula o ex-presidente colombiano, Álvaro Uribe, protegido de Rubio, ao cartel narcotraficante de Medellín e a seu líder, Pablo Escobar. O relatório foi revelado pela a revista americana “Newsweek”.

O relatório do Pentágono, apresenta uma lista com mais de cem pessoas suspeitas de ligação com o narcotráfico e descreve Uribe como um “político colombiano e senador dedicado a colaborar com o cartel de Medellín nos mais altos níveis governamentais”.
COMBATE AO CRIME
O governo Lula, ao contrário de tudo isso – e assim como Petro na Colômbia – está empenhado seriamente em debelar as facções criminosas. Por isso Lula mandou ao Congresso a Medida Provisória da Segurança Pública e a Lei Antifacção, endurecendo as penas aos chefes das facções criminosas.
A primeira medida, a PEC da Segurança Pública, visa integrar as policias, investir em inteligência, fortalecer a Polícia Federal, garantir recursos e reforçar as ações conjuntas contra o crime organizado. O governo avalia que somente com todo o esforço nacional, essas facções poderão ser derrotadas. Os bolsonaristas trabalham contra a PEC da Segurança e querem deformar a lei antifacção. Não estão preocupados com os chefes das facções. Os traíras estão empenhados apenas em agradar Trump e introduzir na lei de Lula o conceito trumpiano de narcoterrorismo.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), pressionado pelos bolsonaristas, anunciou, neste sábado (8), que irá pautar o projeto de lei (PL) contra facções criminosas, enviado ao Congresso pelo presidente Lula. No entanto, Motta abriu espaço para que ele fosse adulterado no interesse do fascismo. Motta nomeou o deputado federal e secretário de Segurança Pública de São Paulo em licença, Guilherme Derrite (PL-SP), como relator. Ele já anunciou que pretende enquadrar as facções como terroristas. Lula cobrou de Motta e criticou a escolha do relator.
A possibilidade da designação trumpiana de “terrorista” às facções no PL antifacção é combatida por especialistas dos mais diversos matizes. Todos eles avaliam que isso abre brecha para até mesmo uma intervenção militar em território nacional. O pretexto seria um suposto combate às organizações criminosas atuantes no país. Exatamente o que pretende Trump. Washington vem lançando ataques militares na região do Mar do Caribe, atingindo alvos supostamente ligados ao narcotráfico internacional, porém sem apresentar nenhum prova da ligação dos assassinados em alto mar com o crime.

REINDUSTRIALIZAR E ENTERRAR AS FACÇÕES
Todos sabem que tudo isso é uma farsa. Assim como todos sabem também que a grande expansão das facções criminosas no Brasil está intimamente associada à devastação neoliberal da economia. Ao mesmo neoliberalismo e à mesma agiotagem defendidas pelos bolsonaristas. A desindustrialização dos banqueiristas ceifou indústrias e empregos, espalhou a miséria e tirou a esperança de milhões de jovens em seu futuro e no futuro do país. Eles viraram – e seguem virando – mão de obra barata para os criminosos, ao invés de serem trabalhadores da indústria. Enterrar o neoliberalismo é, portanto, o cominho mais seguro para derrotar de vez o crime organizado no Brasil.
No entanto, não é possível esperar nem mais um segundo. É necessário estrangular imediatamente essas organizações. Atingir a cabeça do crime organizado, prender seus chefes e inviabilizar suas finanças. É isso o que a Polícia Federal vem fazendo. Confiscou R$ 5,6 bilhões só em 2024 e só numa operação em outubro deste ano, foram R$ 630 milhões apreendidos. Cortar os tentáculos do crime – que hoje estão no sistema financeiro – onde lavam o dinheiro sujo obtido com seus “negócios” ilícitos, é fundamental. As ações repressivas têm que ser precedidas de planejamento e muito uso de inteligência. “Matança”, em favelas, como apontou o presidente, ao se referir à recente operação no Rio, não resolve nada.
É por isso que o governo federal lançou a Medida Provisória da Segurança Pública e a Lei Antifacção. Só com uma ação coordenada a nível nacional se poderá cercar essas organizações. A Polícia Federal e toda a inteligência, junto com os estados e a Receita Federal poderão asfixiar os criminosos e impedir a sua existência e suas ações. Medidas isoladas não são solução para este problema. Não é possível, por exemplo, continuar permitindo que o Banco Central siga fazendo vista grossa para os crimes e o uso de bancos e fintechs como verdadeiras lavanderias do crime.
CRIME E FINANÇAS
Mas não é só isso. Os chefões de facções criminosas e milicianos que controlam territórios e extorquem e aterrorizam a população, como foi o caso do capitão Adriano da Nóbrega, miliciano, assassino profissional e ex-chefe do Escritório do Crime, ou do ex-deputado TH Joias, traficante de armas do Comando Vermelho (CV) e Gabriel Dias de Oliveira, conhecido como Índio, apontado pela Polícia Federal como tesoureiro do Comando Vermelho. Eles passaram também a frequentar os palácios dos governos bolsonaristas. O bolsonarismo tem ligações com a cúpula das drogas no Brasil. É preciso romper com isso.

O traficante TH Joias, por exemplo, tem ligações íntimas com o governo do estado do Rio de Janeiro e Nóbrega recebeu a medalha Tiradentes, maior honraria do Rio de Janeiro, das mãos do próprio Flávio Bolsonaro. Nóbrega era sócio de Ronnie Lessa, assassino da vereadora Marielle Franco. Ele foi defendido veementemente pelo então deputado Jair Bolsonaro, que mais à frente ocuparia a Presidência da República. Adriano da Nóbrega tinha mãe e ex-mulher empregadas no gabinete do então deputado na Assembleia Legislativa do Rio, Flávio Bolsonaro. Ou seja, além das ligações com a Faria Lima, as facções criminosas construíram íntimas relações com as correntes políticas do bolsonarismo. Tudo isso tem que ser enfrentado.
Os bolsonaristas sabotam os projetos do Planalto contra o crime porque seu objetivo é proteger os chefes das facções criminosas. Eles fazem operações sangrentas nas comunidades para servirem de palanque e alimentar sua demagogia eleitoreira. Acobertam os graúdos e chefões e fazem “espetáculos” sangrentos com a ralé do crime para manter sua falsa aparência de arautos do combate ao crime. Isso ficou muito claro na chacina sangrenta de Cláudio Castro, que matou 121 pessoas na Zona Norte do Rio e não prendeu nem um chefe do Comando Vermelho. Mas as coisas estão ficando cada vez mais claras para a sociedade brasileira. Essas correntes fascistas, inclusive seu chefe maior, já estão começando a receber o que merecem.
SÉRGIO CRUZ











