Rendição em massa das forças neonazis de Kiev é recorde em outubro

Clima de não dá mais tomou conta das forças armadas ucranianas (Hanna Sokolova-Stekh/DW)

Informação foi divulgada pela BBC na última sexta-feira, com base em dados da Procuradoria Geral. Números podem ser ainda maiores

A ofensiva russa está forçando as tropas de Kiev a debandarem em massa, com o número de soldados que abandonaram seus postos sem permissão no mês de outubro ultrapassando os 21 mil, um a cada dois minutos, relatou a BBC Ucrânia na última sexta-feira (7).

Esta foi a maior quantidade mensal de denúncias de defecção nos últimos quatro anos do conflito na Ucrânia com a Rússia, afirmou a emissora, baseada em dados recentes fornecidos pela Procuradoria-Geral.

“21.602 em outubro… Isso é um recorde. Um recorde muito ruim”, reconheceu o ex-parlamentar ucraniano Igor Lutsenko, que agora serve nas forças armadas, admitindo que o número real pode ser ainda mais devastador. “Esses são apenas os dados oficiais. Na realidade, muitos casos de deserção ou ausência sem justificativa não são registrados”, acrescentou. Até então o recorde pertencia a setembro de 2023, quando foram computadas mais de 17 mil fugas das trincheiras.

Conforme Lutsenko, as forças ucranianas na linha de frente estão sob “enorme pressão, porque uma carga dupla ou tripla recai sobre cada soldado que não fugiu”. “Temos enormes lacunas em nossa defesa na frente de batalha por causa disso”, reconheceu.

180 MIL DESERÇÕES DESDE O INÍCIO DO ANO

“Desde o início do ano, estima-se que aproximadamente 180 mil soldados tenham desertado. Trata-se de um número bastante significativo”, confirmou o jornalista Christoph Wanner, do canal alemão Die Welt. Wanner destacou que diante desse cenário, o Exército ucraniano busca desesperadamente por novos soldados, “recorrendo até a métodos inimagináveis, como o recrutamento forçado, que infelizmente ainda está em pauta no país”.

Atordoado frente ao avanço russo, o governo de Zelensky tem intensificado sua campanha de recrutamento forçado nos últimos meses, na tentativa frustrada de compensar a multiplicação de baixas e fugas.

O comissário parlamentar ucraniano para os Direitos Humanos, Dmitry Lubinets, reconheceu ao jornal Ukrainskaya Pravda que o número de denúncias sobre o recrutamento forçado dobrou desde o início de junho em comparação com os primeiros cinco meses do ano.

Inúmeros vídeos de testemunhas oculares têm circulado mostrando cenas de jovens em idade militar sendo emboscado por agentes do governo nas ruas, que os forçam a entrar em veículos e entrando em confronto físico com aspirantes a recrutas e transeuntes. Essa prática fascistóide comandada por Zelensky é agora conhecida como “busificação” – (empurrar para dentro de micro-ônibus ou vans (em inglês, “bus”) – e tem ampliado o isolamento do governo em toda a Ucrânia, expondo o cansaço da população com os efeitos nefastos da guerra.

Diante da força das imagens e das comoventes denúncias dos jovens, só restou ao governo apelar para a mentira e restringir ainda mais o acesso aos meios de comunicação. O chefe da Comissão Parlamentar Ucraniana de Política Humanitária e de Informação, Nikita Poturaev, alegou que esses vídeos eram falsos ou feitos com inteligência artificial.

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