Diretor-geral condena “qualquer manobra” para tirar a PF do combate ao crime

Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF (Foto: José Cruz - Agência Brasl)

“Não haverá acordo”, afirma Andrei Rodrigues. Relatório de Derrite mexe nas atribuições da PF

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, declarou que “não haverá acordo” sobre o relatório de Guilherme Derrite (PP-SP) para o PL Antifacção se o texto implicar “supressão das atribuições e autonomia da Polícia Federal”.

“Encaramos com preocupação qualquer manobra para modificar o papel da instituição no combate ao crime organizado”, continuou o chefe da PF.

A corporação afirmou, em nota, que o substitutivo de Guilherme Derrite (PP-SP) para o PL Antifacção restringe a atuação da corporação e representa “um risco real de enfraquecimento no combate ao crime organizado”.

Derrite, que se afastou da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo para participar das últimas votações na Câmara, vem recebendo críticas pesadas da sociedade por alterar o projeto que foi apresentado pelo governo federal.

O principal ponto das críticas é a exigência de autorização dos governadores dos Estados para que a Polícia Federal atue em casos de organizações criminosas.

Em uma nova versão, Derrite fez alterações no texto, mas mantém o trecho que diz que casos em que a PF se envolva não devem ir automaticamente para a Justiça Federal.

O governo federal e a PF apontam que as regras sugeridas pelo bolsonarista Derrite no substitutivo acabariam por impedir operações como a Carbono Oculto, que desmantelou o esquema de lavagem de dinheiro do PCC em São Paulo.

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