Equipes de resgate buscam neste sábado por mais vítimas nos destroços queimados de Paradise, cidade norte-americana no norte da Califórnia. O número de pessoas listadas como desaparecidas no incêndio florestal com mais mortes no Estado supera 1 mil.
Restos mortais de 71 pessoas foram recuperados na região de Sierra, 280 quilômetros ao norte de San Francisco. 27 mil habitantes moravam no local antes de ter sido consumido, em sua maior parte, pelo incêndio na noite de 8 de novembro.
O desastre já é um dos incêndios florestais com mais mortes nos EUA desde a virada do século passado. Ao todo, 87 pessoas morreram num incêndio em agosto de 1910. Um incêndio em Minnesota em outubro de 1918 matou 450 pessoas.
Autoridades afirmam que o grande número de mortos na Califórnia se dá em parte pela velocidade do fogo, impulsionado pelos ventos e alimentado pela vegetação seca.
Foi criada uma linha de contenção pelos bombeiros ao redor de cerca de 45% da área do fogo. O incêndio cobriu 57 mil hectares, segundo autoridades.
O incêndio é o mais destrutivo em termos de perda de propriedade na história da Califórnia e cria o desafio adicional de dar abrigo para milhares de moradores.
Com mais de 9,8 mil residências destruídos pelo fogo, muitos se abrigam com amigos e família, enquanto outros armaram barracas ou acampam junto a seus veículos.
Pelo menos 1.100 pessoas foram retiradas da região do fogo e estão em 14 abrigos emergenciais em igrejas, escolas e centros comunitários, com um total de mais 47 mil ainda sob ordem de retirada, de acordo com informações de autoridades.