Exército repele equiparar traficantes a terroristas: agressão à soberania

Força adverte para o risco ao Brasil de aceitar a imposição dos EUA, como querem os bolsonaristas traidores da pátria (Foto: Divulgação - Exército Brasileiro)

O comando do Exército considera que é um risco para a soberania brasileira, por abrir brecha para interferências, equiparar as facções criminosas, como PCC e CV, a organizações terroristas, como pretendem os bolsonaristas, para atender Donald Trump.

O jornal Folha de S.Paulo conversou com cinco generais do Exército, sob condição de anonimato, “que afirmam que a equiparação pode abrir brechas para que o discurso intervencionista seja usado contra o Brasil por potências mundiais”.

Donald Trump, o ditador dos EUA, já falou abertamente que queria que os grupos criminosos do Brasil fossem considerados terroristas pela legislação brasileira.

Os bolsonaristas abraçaram a causa e defendem que isso esteja no PL Antifacção, que está sob a relatoria de Guilherme Derrite (PP-SP).

Os militares do comando do Exército Brasileiro avaliam que os Estados Unidos estão usando o tema do combate ao tráfico de drogas na América Latina como pretexto para interferir e realizar agressões militares fora de seu território.

Um caso citado por eles ao jornal é o da Venezuela, na qual a costa os EUA têm atacado embarcações, sem que sequer esteja provado que elas eram utilizadas pelo tráfico. Donald Trump tem divulgado vídeos dos ataques em seu perfil pessoal no X (antigo Twitter). Além disso, os EUA enviaram um porta-aviões para a Venezuela, numa absurda chantagem militar contra aquele país.

Para isso, os EUA passaram a classificar as organizações criminosas da Venezuela como terroristas. O secretário de Estado de Trump, Marco Rubio, chegou a falar que os traficantes venezuelanos são o “Al-Qaeda” do Ocidente.

As operações militares dos Estados Unidos na Venezuela tentam intimidar o povo venezuelano para assaltar suas riquezas, especialmente o petróleo.

No caso do Brasil, os generais do Exército também consideraram “incomum” o pedido da Embaixada dos Estados Unidos para que Alvin Holsey, ex-responsável pelas operações militares dos EUA na América Latina, pudesse visitar o batalhão em Rio Branco (AC) que cuida do controle de fronteiras do Brasil com Peru e Bolívia.

O pedido, feito em maio, foi rejeitado pelo Exército Brasileiro e sugeriu que a visita fosse feita ao Comando Militar da Amazônia. Os EUA recusaram a sugestão.

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