Policiais civis e militares de São Paulo estão convocando uma manifestação para cobrar promessas de campanha do governador Tarcísio de Freitas e do Secretário de Segurança Pública licenciado, Guilherme Derrite, denunciando descaso da gestão com a categoria.
O ato, promovido por vinte e duas associações que representam policiais civis e militares do Estado, está marcado para o próximo dia 18, no Largo São Francisco, a partir das 14h.
Uma das principais reivindicações das corporações é a apresentação da minuta da nova Lei Orgânica da categoria, que já deveria ter sido enviada à Assembleia Legislativa.
“Agora faltam poucos dias para a Assembleia Legislativa encerrar os seus trabalhos, e Vossa Excelência não encaminhou nossa lei orgânica para a Alesp, muito menos debateu uma minuta concreta conosco. Prometeu, não cumpriu, mentiu”, sentencia o presidente da Associação dos Delegados do Estado de São Paulo, André Santos Pereira, cobrando o governador Tarcísio de Freitas e o então Secretário Derrite, acrescentando: “Começou e não terminou, é incompetência”.
Segundo ele, o tema foi debatido por dois anos em grupos de trabalho, sem participação da categoria. Alegando que a lei em vigor é de 1979, as entidades cobram uma nova legislação que traga avanços, como reestruturação do plano de carreira, novos reajustes, regulamentação da jornada de trabalho, benefícios à saúde, previdência e defesa das prerrogativas funcionais.
“A nossa polícia civil merece uma lei orgânica moderna, a atual é de 1979; ela merece ser valorizada com reajuste e um plano de carreira que contemple, de fato, esses profissionais que são vocacionados e responsáveis por fazer a nossa segurança pública”, afirmou Pereira.
Lembrando das promessas de campanha de Tarcísio, afirmou: “o senhor esteve aqui na Associação dos Delegados na campanha em 2022, ouvindo quais eram as necessidades da Polícia Civil, saindo daqui com a narrativa de campanha para pedir voto aos mais de 45 mil policiais entre ativos e aposentados. Mais uma vez, prometeu, não cumpriu, mentiu!”.
Outra reivindicação importante para os policiais militares é o reajuste linear. Para o presidente da Associação dos Praças da Polícia Militar de São Paulo (Aspraças), Aurélio Gimenes, “a inflação que atinge o soldado atinge também o coronel. Foram várias promessas [do secretário], como se fosse um messias, um salvador. Mas as coisas estão desse jeito”, disse.
De acordo com Gimenes, “o secretário da Segurança deveria integrar as forças de segurança, e não dividir. Seja polícia militar, civil ou federal”.











