Executiva do PT defende redução dos juros e a soberania nacional

Edinho Silva, presidente nacional do PT (Foto: Anderson Barbosa - Divulgação)

A redução da taxa básica de juros (Selic) é “condição decisiva para sustentar o crescimento, ampliar empregos e aumentar investimentos produtivos e sociais”, pontua resolução política da Executiva Nacional da legenda

A Comissão Executiva Nacional do PT declarou que o partido deve se mobilizar pela redução dos juros, para defender a soberania nacional e para fortalecer a cooperação entre os países do “Sul Global”.

Segundo a resolução política, a redução da taxa básica de juros (Selic) é “condição decisiva para sustentar o crescimento, ampliar empregos e aumentar investimentos produtivos e sociais”.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, presidido por Gabriel Galípolo, decidiu manter os juros em 15%, deixando o Brasil com a segunda maior taxa de juros reais do mundo.

O PT deve “reafirmar a soberania brasileira, fortalecer a cooperação no Sul Global, apoiar a institucionalidade democrática e mobilizar o mundo em torno dos valores da justiça social, da participação popular, da transição ecológica e da paz”.

“Ao mesmo tempo, seguimos atentos ao crescimento de forças autoritárias que instrumentalizam a insegurança para impor retrocessos sociais e democráticos”, continua o documento.

Acerca da segurança pública, o PT considera que a extrema direita brasileira realiza a disputa política “de forma irresponsável e sem apresentar soluções concretas”, como ao importar dos EUA o termo “narcoterrorismo”, buscando justificar “intervenções que corroem a democracia”.

A visão dos bolsonaristas sobre o tema resulta em “operações sem inteligência, sem coordenação federativa e que transformam bairros inteiros em zonas de conflito”, sem conseguir desarticular o crime organizado.

Ao contrário disso, “o que funciona é uma política de segurança pública baseada em inteligência, na coordenação, na prevenção e na proteção da vida”, afirmou o PT.

O governo federal apresentou o Projeto de Lei Antifacção, mas seu texto foi alterado de forma a prejudicar a atuação da Polícia Federal pelo relator Guilherme Derrite (PP-SP), secretário de Segurança licenciado de São Paulo. O bolsonarista teve que recuar.

Outro ponto inserido por Derrite no PL é o de classificar como terroristas as organizações criminosas que existem no Brasil. Essa pauta foi colocada no debate público brasileiro pelo presidente fascista dos EUA, Donald Trump, para permitir sanções contra o Brasil.

O PT avalia que a COP 30, que está ocorrendo em Belém, marca “um momento histórico” para as negociações acerca do clima no mundo e coloca o Brasil em lugar de destaque.

O PT critica Donald Trump por ter “se ausentado da COP 30 e, em vez de cooperar, tenha reiterado gestos imperialistas e ameaças à soberania latino-americana justamente quando o mundo deveria estar unido pela vida”.

“Enfrentar esse projeto militar-imperialista e o negacionismo climático, que não é ignorância, mas uma estratégia global da extrema direita para proteger interesses que lucram com a destruição da natureza e desmobilizar a sociedade é defender a ciência, a verdade e a democracia. Derrotar o fascismo e o negacionismo climático é tarefa de toda a sociedade”, acrescenta.

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