Banqueiro fraudador foi preso pela PF pela fraude de R$ 12 bilhões. Ele foi solto no sábado por decisão da desembargadora Solange Salgado, do TRF-1
O Ministério Público Federal (MPF) apresentou recurso contra a decisão da desembargadora Solange Salgado, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que tirou da prisão o dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, e outros quatro que participaram da fraude de R$ 12 bilhões.
O recurso será julgado no dia 9 de dezembro pela 10ª Turma do Tribunal.
O MPF aponta que a prisão preventiva dos investigados se justifica pela “gravidade do caso, diante de altíssima probabilidade de fuga e de violação da ordem pública, além de possível destruição de provas, ocultação de recursos e bens ainda não apreendidos”.
Os investigados poderiam destruir provas e atrapalhar as investigações por meio de celulares e computadores. Além disso, em liberdade, podem se encontrar com outros envolvidos para combinar versões.
“Diante do quadro fático e do perfil dos investigados, com acesso a sofisticados meios logísticos, financeiros e tecnológicos, a crença de que medidas cautelares diversas da prisão sejam suficientes à tutela da ordem pública, da ordem econômica, da instrução criminal e da aplicação da lei penal contradiz a situação fática e jurídica” do caso, apontou o MPF.
A prisão preventiva do dono e de outras pessoas ligadas ao Banco Master “representa, no caso, a única medida com potencial real de dificultar significativamente a fuga, reduzir drasticamente a capacidade de comando direto da organização criminosa e mitigar a destruição de provas, desvio de recursos e a obstrução da instrução”.
Daniel Vorcaro e outros quatro executivos do Banco Master foram presos no dia 17 de novembro no âmbito da Operação Compliance Zero, realizada pela Polícia Federal para investigar fraudes bilionárias e emissão de títulos de crédito falsos.
A prisão do dono do Banco Master ocorreu no Aeroporto de Guarulhos, enquanto ele tentava embarcar em seu jatinho particular para uma viagem internacional, o que foi, em um primeiro momento, considerado como fuga.
Ele foi solto por uma decisão liminar da desembargadora Solange Salgado, do TRF-1. Os investigados ficaram obrigados a utilizar tornozeleira eletrônica.
O MPF pediu que, além de Vorcaro, sejam presos novamente o diretor de Riscos e Compliance do Banco Master, Luiz Antônio Bull, o superintendente executivo de Tesouraria, Alberto Felix de Oliveira Neto, e o sócio do banco Ângelo Antônio Ribeiro da Silva.










