Bolsonaro fechou acordo em maio para apoiar Rodrigo Bacellar a governador

Bolsonaro com Bacellar em uma reunião em janeiro deste ano (Foto: Reprodução - Redes sociais)

Informação foi da Jovem Pan. Presidente da Alerj foi preso acusado de ter vazado informações e ajudado o ex-deputado TH Joias (MDB), ligado à facção Comando Vermelho, a fugir de uma operação e a destruir provas

O ex-presidente Jair Bolsonaro fechou um acordo, em maio de 2025, para apoiar Rodrigo Bacellar (União), presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), como candidato a governador nas eleições de 2026.

Bacellar foi preso na quarta-feira (3) pela Polícia Federal por ter vazado informações e ajudado o ex-deputado TH Joias (MDB), ligado à facção Comando Vermelho, a fugir de uma operação e a destruir provas.

Na avaliação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), existem “fortes indícios” de que Bacellar participou de ações que favoreceram o CV e que há infiltração política dessas organizações no Estado do Rio de Janeiro.

Segundo uma reportagem feita da Jovem Pan em maio, quando Bolsonaro fechou o acordo com Bacellar, o ex-presidente poderia indicar o candidato a vice-governador e dois candidatos para disputar o Senado Federal.

“Jair Bolsonaro chegou a firmar um acordo político para apoiar Bacellar, desde que pudesse indicar o vice na chapa. As conversas ocorreram até em encontros presenciais, em Angra dos Reis, onde o presidente da Alerj fez visitas ao ex-presidente”, informa Lauro Jardim, colunista do jornal O Globo. O jornalista informa também que depois as relações bolsonaristas azedaram com o presidente da Alerj, meramente porque Bacellar demitiu um aliado.

O superintendente da PF no Rio de Janeiro, Fábio Galvão, convidou Bacellar para uma reunião, na qual o presidente da Alerj não sabia que ia ser preso. No carro em que ele foi até o local, foram apreendidos R$ 90 mil.

“Os fatos narrados pela Polícia Federal são gravíssimos, indicando que Rodrigo Bacellar estaria atuando ativamente pela obstrução de investigações envolvendo facção criminosa e ações contra o crime organizado, inclusive com influência no Poder Executivo estadual, capazes de potencializar o risco de continuidade delitiva e de interferência indevida nas investigações da organização criminosa”, continuou Moraes na decisão.

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