Desde o início do cessar-fogo em 11 de outubro, Israel assassinou 373 palestinos e deixou 970 feridos
O exército de Israel continua a violar o cessar-fogo em Gaza e a assassinar a população civil da região que ocupa. Uma criança palestina foi morta neste, domingo (7), por disparos das forças israelenses fora de suas áreas de atuação na região de al-Mawasi, em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, anunciaram fontes médicas neste domingo.
Fontes médicas informaram que seis novas mortes e 17 feridos foram levados para hospitais em Gaza nas últimas 24 horas.
Desde que o cessar-fogo entrou em vigor em 11 de outubro, o número de mortos e feridos chegou a 373 e 970, respectivamente. Pelo menos 624 corpos também foram recuperados dos escombros.
Na vila de al-Mughayyer, a leste de Ramallah, uma idosa palestina, seu neto e dois voluntários internacionais ficaram feridos nesta manhã por colonos servis a Israel, grupo que atacou ainda a família do camponês Rezq Abu Naeem, espancando sua esposa Fidaa, e agredindo seu neto com golpes na cabeça.
Os colonos também agrediram dois voluntários internacionais com paus e pedras enquanto estes se encontravam em terras da aldeia. Os quatro foram transferidos para o hospital, onde seus quadros clínicos foram descritos como moderados.
O jornal The New Arab noticiou que, na noite de sexta-feira(5), um bebê palestino de 20 dias sofreu asfixia após inalar gás lacrimogêneo disparado por soldados durante uma incursão na vila de Madama, ao sul de Nablus, resultando na hospitalização da criança. Após invadirem a vila e se posicionarem em seus bairros, os sionistas dispararam granadas de efeito moral e gás lacrimogêneo contra casas e comércios dos moradores.
The New Arab também informou que, na madrugada de sábado (6), tropas prenderam quatro palestinos da aldeia de Nabi Saleh, na província de Ramallah, após invadir e revistar suas casas.
RESIDÊNCIAS E PRÉDIOS AGRÍCOLAS DEMOLIDOS
Em um breve comunicado, o governo de Jerusalém informou que as autoridades de ocupação israelense notificaram que mais de dez estruturas residenciais e agrícolas, localizadas no bairro árabe de al-Jahalin, no sudeste de Jerusalém Oriental ocupada, sofrerão iminente despejo e demolição.
Cabe ressaltar que, em novembro de 2025, foi observada uma nova e perigosa escalada na política de demolição e remoção que as autoridades de ocupação continuam a implementar contra os palestinos na cidade, deixando a população sem moradia.
No total, foram registradas 27 operações de demolição e limpeza de terrenos, incluindo cinco demolições em que os moradores foram forçados a demolir suas próprias casas e estruturas sob ameaça de multas exorbitantes. Além disso, 21 demolições foram realizadas pela prefeitura ocupante e suas forças, bem como uma operação de limpeza de terrenos em terras de propriedade palestina em Jerusalém.
MORTICÍNIO CONTINUA, APESAR DO CESSAR-FOGO
Segundo os últimos relatórios de saúde, o número de mortos na Faixa de Gaza subiu para 70.360, a maioria crianças e mulheres, desde o início da agressão israelense em 7 de outubro de 2023. O número de feridos também aumentou para 171.047.
Estes números permanecem incompletos, pois muitas vítimas continuam presas sob os escombros, inacessíveis para ambulâncias e equipes de resgate.
