“Enquanto a empresa, nos primeiros nove meses desse ano, desembolsou R$ 37,3 bilhões em dividendos aos acionistas, propõe apenas 0,5% de ganho real aos trabalhadores”, denuncia Federação.
Os petroleiros aprovaram greve nacional por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (15), após rejeitarem a proposta de Acordo Coletivo apresentada pela gestão da Petrobrás. O movimento foi aprovado de forma massiva nas assembleias realizadas ao longo das últimas duas semanas.
Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a decisão expressa a “indignação e revolta” dos trabalhadores diante do que classificam como desrespeito da gestão Magda Chambriard. A federação afirma que a empresa tem privilegiado acionistas enquanto impõe perda de direitos e reajustes irrisórios à categoria.
A categoria denuncia que, enquanto a empresa, nos primeiros nove meses desse ano, desembolsou R$ 37,3 bilhões em dividendos aos acionistas, propõe apenas 0,5% de ganho real aos trabalhadores, além do que os sindicatos classificam como “retrocesso” em cláusulas e diferenciações entre empregados da holding e das subsidiárias.
Para a entidade, a proposta é uma “provocação”. “A categoria quer respeito, dignidade e uma justa distribuição da riqueza gerada”, afirmou a FUP. Segundo a federação, a greve busca garantir um Acordo Coletivo “forte”, com recomposição de direitos perdidos durante os governos anteriores e valorização dos trabalhadores, incluindo terceirizados.
O movimento também reivindica o fim dos PEDs – Plano de Equacionamento de Déficits, que impõe contribuições extras a participantes ativos, aposentados e pensionistas ao fundo de pensão dos trabalhadores do Sistema Petrobrás. A FUP destaca que os descontos têm causado perdas significativas a aposentados e pensionistas. “Após quase três anos de negociações, é inadmissível que a empresa não avance na apresentação de uma proposta que coloque um ponto final nos PEDs”, afirmou a federação.Conforma a decisão das assembleias, a partir da zero hora de segunda-feira, trabalhadores das unidades operacionais e administrativas da Petrobrás e subsidiárias devem cruzar os braços, mantendo apenas atividades essenciais ao abastecimento.
A entidade ressalta que o movimento é um “basta às arbitrariedades” e uma defesa da Petrobrás como empresa “forte, integrada e comprometida com o desenvolvimento nacional”.











