A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) rebateu nesta sexta-feira (12) a acusação de que sua legenda, o Partido Comunista do Brasil, estaria “boicotando” a gestão da cantora e compositora Margareth Menezes à frente do MinC (Ministério da Cultura). Em nota, a parlamentar também ressaltou que sua “relação com a ministra da Cultura é de parceria e apoio, e ela sabe disto”.
Margareth assina o prefácio do último livro de Jandira, “Cultura é poder! Pra quê e pra quem?”, lançado em junho. Além de a ministra do governo Lula ter participado do lançamento da obra, em junho, no Rio de Janeiro, o MinC divulgou o evento em seu site. “Ela (Jandira) tem um histórico na defesa da cultura, das políticas públicas e dos direitos do povo brasileiro – e faz isso com maestria”, afirmou Margareth na ocasião.
O ataque infundado a Jandira e ao PCdoB partiu da produtora Paula Lavigne, que compartilhou via WhatsApp um áudio sobre as polêmicas em torno do projeto de lei de regulamentação do streaming. O sistema é conhecido pela sigla VOD (do inglês Video on Demand – ou Vídeo sob Demanda).
No áudio, de modo irresponsável, Lavigne associa as críticas de Jandira e outros especialistas a respeito do projeto a uma suposta conspiração “contra a Maga (Margareth)”. Sem provas, a produtora ainda os acusa de estarem “sabotando o MinC”.
A deputada do PCdoB não passou recibo. “É direito inalienável da sociedade civil se manifestar na cobrança de boas leis que interessam ao Brasil e a seus trabalhadores”, declarou Jandira. Ela citou a Carta Aberta do Cinema e do Audiovisual Brasileiro, divulgada em agosto por mais de 750 signatários do setor. Em nome da “soberania” e do “futuro da indústria audiovisual”, eles exigem a “urgência da regulação do streaming”.
A nota de Jandira também destaca como a deputada lutou – e continua a lutar – ao lado do setor cultural por avanços nessa pauta.
“De minha parte, trabalhei arduamente, por mais de um ano, na construção de um projeto de lei que atendesse às demandas do audiovisual na regulação do VOD no Brasil. Na função de relatora, recebi todos os segmentos envolvidos, enfrentei duros debates e elaborei o melhor texto possível, observada a complexidade do tema e a correlação de forças da Câmara dos Deputados. Não sou a relatora do texto final do projeto, visto que a presidência da Câmara decidiu mudar a relatoria em setembro deste ano. Considero o texto da Câmara mais avançado que o do Senado. E, coerente com minha trajetória, seguirei trabalhando para que se mantenham pontos que considero essenciais para o fomento e soberania do nosso audiovisual e do Brasil.”
Jandira lembrou que o PCdoB está ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde sua primeira eleição ao Planalto, em 1989, “por acreditar que sob seu comando o Brasil avança”. Hoje, a deputada é vice-líder do governo na Câmara. “Após 40 anos de vida pública, lutando pela cultura brasileira, não perco tempo com intrigas menores, cujos interesses desconheço”, concluiu Jandira.
Leia a íntegra da Carta Aberta do Cinema e do Audiovisual Brasileiro:
carta-aberta-do-cinema-e-audiovisual-brasileiro-05-ago-1840Baixar
ANDRÉ CINTRA
Fonte: PCdoB











