Moraes vota para tornar réus bolsonaristas que iam explodir aeroporto de Brasília

O terrorista George Washington. Policial tenta desarmar a bomba (Fotos: Polícia Civil do DF - Valter Campanato - Agência Brasil)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, votou para tornar réus os homens que tentaram explodir o aeroporto de Brasília, em 24 de dezembro de 2022.

Caso a maioria dos ministros da 1ª Turma do STF siga o mesmo entendimento, George Washington de Oliveira Souza, Alan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo de Souza se tornarão réus pelos crimes de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e atentado contra a segurança de transporte aéreo.

O Ministério Público Federal (MPF) afirmou na denúncia que a explosão do aeroporto de Brasília tinha como objetivo criar um cenário no qual o então presidente Jair Bolsonaro conseguisse dar um golpe de Estado para manter-se no poder.

A investigação revelou que George Washington viajou do Pará para Brasília para participar do acampamento golpista montado em frente ao Quartel General do Exército.

Foi no acampamento que ele conheceu Alan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo de Souza. Os três planejaram juntos o atentado, que foi realizado no dia 24 de dezembro.

Eles chegaram a instalar uma bomba, feita por George Washington, em um caminhão-tanque cheio de querosene de aviação, mas a explosão falhou.

Wellington Macedo foi o motorista do carro que levou Alan Diego até o caminhão-tanque, enquanto este último foi quem instalou a bomba.

O MPF apontou que o crime tinha o objetivo de impedir a posse do governo eleito “e a abolição do Estado Democrático de Direito, impedindo e restringindo o exercício dos Poderes Constitucionais, por meio de associação criminosa armada”.

Os três bolsonaristas já foram condenados em duas instâncias na Justiça do Distrito Federal por crimes como explosão, causar incêndio e posse de arma de fogo sem autorização.

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *