Matança indiscriminada de pessoas a tiros por um atirador ensandecido, a “doença americana” voltou a se repetir, desta vez com quatro mortos em um hospital de Chicago.
Sem antecedentes criminais, Juán López disparou e assassinou a sangue frio sua namorada, a doutora Tamara O´Meal, de 38 anos, após uma breve discussão por razões banais às 15h30 no estacionamento do hospital.
Ao sentir o clima tenso, um amigo da doutora tentou intervir e apaziguar, mas “o agressor levantou a camiseta e mostrou uma pistola”, informou Eddie Johnson, chefe da Polícia de Chicago. Quando o amigo saiu para chamar socorro e os policiais foram acionados, López descarregou a arma em Tamara e correu para dentro da instituição. No hospital, disparou na enfermeira Dayna Less, de 24 anos, que saia do elevador. Logo depois, também matou o oficial de polícia Samuel Jiménez, de 28 anos, sendo abatido durante a troca de tiros.
“Este foi um ato de violência impensável. Estamos impressionados e cheios de tristeza, nossos corações estão com as famílias dos que morreram e com todos os afetados com esta horrível tragédia”, declarou em nota oficial o Departamento de Habitação de Chicago, onde López era empregado. Conforme o Departamento, a contratação foi aprovada após a verificação de antecedentes e não havia qualquer queixa sobre a sua trajetória.
“A cidade de Chicago perdeu uma médica, uma assistente farmacêutica e um agente de polícia que se ocupavam de seus assuntos cotidianos, fazendo o que amavam”, declarou o prefeito Rahm Emanuel.
DENVER
Em outro tiroteio, na cidade de Denver, pelo menos uma pessoa morreu e outras quatro ficaram feridas, informou o porta-voz da Polícia, Doug Schepman. Uma testemunha relatou ter visto um homem disparar contra um grupo de pessoas e depois subir no carro, fechar a porta e sair em velocidade. Acrescentou ter escutado cerca de seis tiros e que uma pessoa teria também atirado contra o veículo enquanto se distanciava. Ainda não há ninguém detido nem se conhece a razão do tiroteio.
CALIFÓRNIA
Há 15 dias, o ex-fuzileiro naval norte-americano (marine), David Long, de 28 anos, atirou em frequentadores de um bar na Califórnia, matou 12 pessoas e em seguida tirou a própria vida.
O bar, que fica numa localidade denominada Thousand Oaks, costumava tocar música country e estava lotado de estudantes quando Long abriu fogo com uma pistola semiautomática, calibre 45, marca Glock, ao mesmo tempo em que lançava fumaça com um aparelho militar.
Uma vizinha do atirador afirmou que Long, que participara durante oito meses da guerra causada pela invasão norte-americana ao Afeganistão, sofria de stress pós-traumático.