O Banco Central (BC) revisou as estimativas de crescimento da economia do país em 2026 de 1,5% para 1,6%. Apesar de mais otimista, o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) neste patamar, se confirmado, será o menor desde 2020 – quando houve retração de 3,3% devido à pandemia da Covid-19.
A informação consta no Relatório de Política Monetária do 4º trimestre, divulgado nesta quinta-feira (18).
Segundo o relatório, a previsão de menor crescimento em 2026 é derivado da política monetária atual – estabelecida pelo próprio Comitê de Política Monetária do BC – baseada em manter a Selic (taxa básica de juros) nas alturas, sob a justificativa de controle da inflação.
“Entre os fatores que influenciam esse cenário [para 2026] estão a expectativa de manutenção da política monetária em campo restritivo [juro alto], o baixo nível de ociosidade dos fatores de produção, a perspectiva de desaceleração da economia global e a ausência do impulso agropecuário observado em 2025”, diz o relatório do BC.
“A dinâmica projetada também incorpora os efeitos de medidas recentes com impacto potencial sobre a demanda, como a isenção ou desconto no IRPF para as faixas iniciais de renda”, diz o BC em relatório, justificando o crescimento da estimativa de 1,5% para 1,6%.
A Selic, atualmente, está fixada em 15% ao ano – a maior em quase 20 anos. Segundo projeções, o BC deve iniciar um ciclo de redução da taxa apenas em março do ano que vem. A consequência disso é uma indústria paralisada, queda nos investimentos e demanda reprimida.
Para 2025, a projeção do relatório é de crescimento de 2,3% – ante 2% no documento anterior. No ano passado, a economia registrou expansão de 3,4%.











