O comandante-geral do Corpo de Fuzileiros Navais, almirante de esquadra Carlos Chagas Vianna Braga, afirmou que o setor “já nasce como unidade tecnologicamente avançada e com uma filosofia diferente”
A Marinha inaugurou, na sexta-feira (19), o Esquadrão de Drones Táticos de Esclarecimento e Ataque, que ficará dentro do Batalhão de Combate Aéreo, no Rio de Janeiro, com o objetivo de modernização tecnológica e doutrinária.
Os drones se mostraram uma tecnologia indispensável na guerra da Ucrânia, com uso estratégico para ambos os lados. Os drones podem ser de ataque, carregando bombas, ou de reconhecimento, com câmeras para identificação de inimigos, por exemplo.

Segundo a Marinha, “esse salto, conceitual e tecnológico, tem foco na prontidão operativa e no preparo para o enfrentamento de novas ameaças, além de alinhar a MB à evolução das Forças Armadas mais modernas do mundo”.
O comandante de Operações Navais, Almirante de Esquadra Claudio Henrique Mello de Almeida, declarou que o lançamento do Esquadrão de Drones “não é apenas um ajuste interno na estrutura de uma organização militar”. “Nós estamos falando de galgar uma vanguarda tecnológica e doutrinária que deve atender às nossas demandas para o combate. Temos que dominar as técnicas e os procedimentos para combater e vencer. É para isso que nós somos preparados no dia a dia”, observou o almirante.
Em 2026, a Escola de Drones começará a atuar no Centro de Instrução Almirante Sylvio de Camargo (CIASC), na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. A Marinha também destaca a importância da Unidade Fabril Expedicionária (UFEx), que é “capaz de fabricar componentes em campanha, prestando apoio industrial diretamente no campo de batalha”.
A Força ainda ressaltou que “abre-se espaço para acordos industriais que podem impulsionar o desenvolvimento tecnológico nacional, fomentando a Base Industrial de Defesa”.
“O impacto estratégico também se estende às parcerias internacionais. Ao operar tecnologias de ponta, o País posiciona-se como ator relevante em fóruns multilaterais de defesa e inovação. A interoperabilidade com Forças aliadas e a troca de experiências sobre o emprego de sistemas não tripulados tornam-se iniciativas mais viáveis”, acrescentou.

A Marinha Brasileira reforçou que o novo Esquadrão de Drones se destaca por ser “uma força orientada por dados, capaz de extrair, analisar e empregar informações em tempo real. Os drones de esclarecimento desempenham papel essencial nessa dinâmica: seus sensores eletro-ópticos, infravermelhos e termais fornecem uma consciência situacional precisa, permitindo que decisões críticas sejam tomadas com agilidade, segurança e embasamento técnico”.
O comandante-geral do Corpo de Fuzileiros Navais, almirante de esquadra Carlos Chagas Vianna Braga, afirmou que o Esquadrão de Drones “já nasce como unidade tecnologicamente avançada e com uma filosofia diferente”.
“Por muito tempo, nós ensinamos os militares a operarem as máquinas. Atualmente, o mundo vive um novo paradigma, no qual os militares devem estar aptos a operar com máquinas, ou seja, lado a lado com máquinas, muitas vezes, autônomas. São ações inovadoras na essência, de simples implementação e baixo custo inicial, mas que trarão enormes vantagens no futuro”.
(Com informações da Agência Marinha de Notícias)











