Carro voador da Embraer faz o primeiro voo em São Paulo

Entrega para os clientes está prevista para 2027 (Foto: Divulgação - EVE)

Teste do protótipo aconteceu na sexta-feira (19), na pista de aviação da fábrica da Embraer em Gavião Peixoto (SP)

O protótipo de “carro voador” elétrico da Eve Air Mobility, empresa subsidiária da Embraer, realizou com sucesso seu primeiro voo de teste na sexta-feira (19). O teste foi feito na pista de aviação da fábrica da Embraer em Gavião Peixoto (SP).

Serão fabricados seis modelos da aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical (eVTOL) para testes e obtenção de certificações. O projeto conta com investimento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que emprestou R$ 200 milhões.

O “carro voador” conta com oito hélices divididas entre as duas asas, além de um rotor na cauda, e é pensado para viagens urbanas, tendo autonomia para viagens de 100 quilômetros e capacidade para quatro passageiros e um piloto. A fabricação desse modelo está ocorrendo em uma fábrica em Taubaté (SP), tendo como previsão o início das operações e entrega para clientes em 2027.

O CEO da Eve, Johann Bordais, destacou que o primeiro voo do protótipo “é um marco histórico para nossos funcionários, clientes, investidores e todo o ecossistema”.

“Este voo valida nosso plano, que foi executado com precisão para entregar a melhor solução para o mercado. Conseguimos capturar dados de alta precisão que nos permitirão avançar com segurança e confiança rumo à certificação”.

O diretor de tecnologia da empresa, Luiz Valentini, explicou que durante o teste “aplicamos nossas leis de controle, verificamos a integração dos oito propulsores e avaliamos o gerenciamento de energia, a resposta dinâmica da aeronave e o nível de ruído”.

“O protótipo se comportou conforme previsto por nossos modelos. Com esses dados, expandiremos o envelope de voo e avançaremos rumo à transição para o voo com asas de forma disciplinada, aumentando gradativamente para centenas de voos ao longo de 2026 e adquirindo o conhecimento necessário para a certificação de tipo”.

Jorge Bittencourt, diretor de produtos da empresa subsidiária da Embraer, afirmou que o teste “dá ao produto um sinal verde claro para avançar no que importa para os operadores: confiabilidade, eficiência e simplicidade”.

“Validamos elementos críticos, desde a arquitetura do nosso elevador até a mecânica de voo da aeronave, e agora entramos na fase de testes de voo, com o objetivo de aprimorar a maturidade do produto”, completou.

A Eve estima que em 2045 a frota de eVTOLs deve chegar a 30 mil unidades, gerando uma receita de R$ 280 bilhões.

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