A Petrobrás vai aumentar sua capacidade produtiva em 180 mil barris/dia de petróleo e em 7,2 milhões de metros cúbicos diários de gás natural.
A expressiva ampliação virá com início da operação da nova plataforma FPSO P-78, no Campo de Búzios na bacia de Santos, a cerca de 180 quilômetros da costa do Rio de Janeiro e reforça a importância de Búzios como um dos principais do Pré-sal.
A P-78 é uma plataforma modelo FPSO, sigla em inglês para unidade flutuante de produção, armazenagem e transferência de petróleo e gás projetada para operar em águas profundas e ultra profundas, e teve o anúncio da autorização para o início das operações, conforme noticiou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), na segunda-feira (22).
Unidade opera com um sistema de flare (Essa tecnologia minimiza impactos ambientais, porque queima gases e vapores combustíveis em uma câmara selada, em vez de liberá-los abertamente, seguindo às melhores práticas internacionais do setor de petróleo e gás).
A autorização para operação foi decidida pela ANP, no sábado (20), após a aprovação da Documentação de Segurança Operacional e análise do atendimento das condicionantes de segurança operacional, acompanhado da aprovação do projeto e da autorização de uso dos sistemas de medição estabelecidos pela ANP.
Conforme a Agencia Brasil, a construção da plataforma teve o seguinte roteiro: “O casco da P-78 foi construído em estaleiros nas cidades Yantai e Hayang, na China, e em Ulsan, na Coreia do Sul. Os blocos foram integrados na Coreia do Sul, antes de seguirem para Singapura, onde houve a montagem dos módulos, incluindo um construído no estaleiro da Seatrium (antigo Brasfels), em Angra dos Reis, litoral do Rio de Janeiro. As auditorias da ANP foram realizadas ainda em Singapura”.
A P-78 é a sétima plataforma no Campo de Búzios juntando-se as plataformas P-74, P-75, P-76, P-77, Almirante Barroso e Almirante Tamandaré. O Campo de Búzios é o maior em águas profundas no mundo e atingiu neste ano o recorde de 1 milhão de barris produzidos por dia. É o de maior produção do país.
A autorização da nova plataforma coincide com uma greve nacional dos petroleiros. O movimento completou oito dias nesta segunda-feira (22).
As negociações estão “com avanços significativos em relação aos três eixos de luta da campanha reivindicatória”, conforme a Federação Única dos Petroleiros (FUP).
Segundo a entidade, entre as unidades com adesão à greve estão nove refinarias, 28 plataformas de produção marítima, 16 terminais operacionais, quatro termelétricas, duas usinas de biodiesel e dez instalações terrestres operacionais.
