Brasil defende na ONU fim das agressões dos EUA contra a Venezuela

Conselho de Segurança da ONU (Foto: Michael M. Santiago - AFP)

“A força militar reunida e mantida pelos Estados Unidos nas proximidades da Venezuela e o bloqueio naval recentemente anunciado constituem violação da carta das Nações Unidas”, denunciou o embaixador do Brasil na ONU, Sérgio Danese

O Brasil condenou na ONU a ação agressiva dos EUA contra a Venezuela e defendeu o fim das ameaças militares contra o país da América do Sul.

A declaração foi dada durante reunião do Conselho de Segurança da ONU, nesta terça-feira (23), pelo embaixador do Brasil na ONU, Sérgio Danese.

O embaixador afirmou que o bloqueio naval anunciado recentemente por Donald Trump contra a Venezuela é uma violação da Carta das Nações Unidas.

“Somos e queremos seguir sendo uma região de paz, respeitando o direito internacional e com boas relações entre vizinhos. A força militar reunida e mantida pelos Estados Unidos nas proximidades da Venezuela e o bloqueio naval recentemente anunciado constituem violação da carta das Nações Unidas. Portanto, devem ser cessados de imediato e incondicionalmente, em favor do uso de instrumentos políticos e jurídicos amplamente disponíveis”, disse.

Danese conclamou os dois países para “um diálogo genuíno de boa fé e sem coerção” e informou que o presidente Lula e seu governo estão dispostos a “colaborar se necessário e com consentimento mútuo de EUA e Venezuela”.

Em mais uma escalada criminosa, Donald Trump ordenou na terça-feira um ‘bloqueio total’ a navios-petroleiros que entrem ou saiam da Venezuela.

O embaixador assinalou que o assunto interessa não somente aos países da América Latina e Caribe. “Diz respeito a toda a comunidade internacional, já que em última instância um conflito na região poderia ter repercussões em escala global”.

Segundo ele, é responsabilidade do Conselho de Segurança, de todos os membros e todos os Estados “se esforçarem incansavelmente, sem temor ou outras motivações, para garantir que as diferenças que hoje discutimos sejam resolvidas de forma pacífica”.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que seu país enfrenta “uma campanha de agressão de terrorismo psicológico e de corsários que assaltaram petroleiros”.

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