Objetivo é fortalecer a defesa da soberania da Pátria socialista, afirma o líder Kim Jong-un
A Coreia do Norte divulgou na quinta-feira (25) mais imagens do seu primeiro submarino movido a energia nuclear, uma embarcação de dimensões gigantescas, capaz de realizar uma “dissuasão estendida” e reforçar um “bloco de confronto” as cerco que os Estados Unidos têm buscado criar em torno da península coreana.
Segundo o comunicado divulgado pelo Ministério da Defesa da Coreia do Norte, os EUA pretendem “fixar de forma permanente fatores graves de instabilidade nuclear” no entorno da pátria socialista, o que torna necessário o investimento estratégico.
Os meios de comunicação estatais indicaram que a potente embarcação tem capacidade de deslocamento de 8.700 toneladas, o que o torna equivalente aos submarinos de ataque da classe Virginia, movidos a energia nuclear da frota norte-americana.
Inspecionando o submarino, o líder Kim Jong-un, visitou uma unidade de construção em espaço fechado, demonstrando que a embarcação ainda não foi lançada à água. Na oportunidade, o líder sublinhou o significado destes investimentos para a política de Pyongyang, que disse estar “literalmente… baseada no mais forte poder ofensivo”.
CAPACIDADE DISSUASIVA SUPERPODEROSA
“Consideramos a capacidade ofensiva superpoderosa como o melhor escudo para a segurança nacional no desenvolvimento das forças armadas”, afirmou Kim, citado pela Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA).
A construção de um submarino movido a energia nuclear é um objetivo estratégico do dirigente norte-coreano, que o abordou pela primeira vez como prioridade nacional no 8º Congresso do Partido do Trabalho, em 2021, para fortalecer a “dissuasão militar” congresso em 2021, diante do declarado apoio da Casa Branca ao crescente armamento da Coreia do Sul.
SUBMARINO NUCLEAR TRAZ VANTAGENS MILITARES
A concretização do submarino nuclear apresenta inúmeras vantagens, como a de permanecer submersas por longos períodos de tempo – essencialmente durante anos – enquanto a maioria dos submarinos de propulsão convencional tem de vir à tona para captar oxigênio e fazer funcionar os motores a diesel, que por sua vez carregam as baterias utilizadas em profundidade.
Entre os investimentos de Pyongyang estão uma vasta gama de mísseis, incluindo mísseis balísticos capazes de atingir o território continental dos Estados Unidos, veículos planadores hipersônicos que podem ser difíceis de interceptar e, no mar, dois novos contratorpedeiros de mísseis guiados.
A construção dos contratorpedeiros e dos submarinos nucleares representou “um salto em frente no reforço das capacidades de combate das nossas frotas”, afirmou Kim durante a inspeção ao novo submarino, segundo a KCNA.
Os submarinos nucleares são também mais velozes do que os submarinos convencionais e, em muitos casos, mais silenciosos. Atualmente, apenas a China, os Estados Unidos, a França, a Índia, o Reino Unido e a Rússia detêm esta tecnologia.
Em relação ao apoio dos Estados Unidos à construção de submarinos nucleares pela Coreia do Sul, Kim condenou o ato como provocação, apontando como uma violação que ameaça a estabilidade na região. Indo além, o submarino nuclear USS Greeneville, da classe Los Angeles, atracou nesta semana em um porto sul coreano, agravando a tensão.











