O indicado por Guedes para presidir a Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, é mais um privatista na equipe de Bolsonaro.
Doutor pela Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, Guimarães trabalhou com Guedes no banco BTG Pactual, é sócio do banco de investimento Brasil Plural – que atua no setor imobiliário e de petróleo e gás -, e assessorou o processo de privatização do Banespa, antigo banco estadual do estado de São Paulo.
Guimarães foi cotado para assumir a secretaria de privatizações, que será criada no governo de Bolsonaro. Compõe o grupo que estuda a transição do governo e é responsável por fazer um levantamento das estatais que poderão ser vendidas no próximo governo. O estudo está sendo feito pelo banco do qual é sócio, o Brasil Plural, e pelo banco norte americano Bank of America Merril Lynch.
Com o “especialista em privatizações” – como é chamado – à frente da Caixa Econômica, Guedes e Bolsonaro não escondem qual a estratégia de seu governo, que não a de entregar o banco para o capital privado. Como disse o indicado para presidir o Banco do Brasil, “braços da instituição financeira poderão ser privatizados”. “E não é uma privatização convencional”, explicou. “Aquela fase de privatização em que você direcionava a venda para determinados compradores está ultrapassada. A ideia é muito mais usar o mercado de capitais nas operações de privatizações”, prosseguiu. (Leia em Envolvido no escândalo Marka-FonteCindam é nomeado presidente do Banco do Brasil).
A estratégia é essa. “Enxugar quadros” e privatizar. A venda de ativos e o corte de pessoal já foram iniciados. Em três anos, o Banco do Brasil já demitiu mais de 12.380 funcionários e fechou cerca de 700 agências e a Caixa já desligou 12,3 mil funcionários e fechou 100 agências. Agora o projeto de Guedes/Bolsonaro é aprofundar e concluir a entrega dos bancos estatais.
Nesta sexta-feira, 23, a Caixa anunciou mais um plano de demissões com a meta de demitir 1,6 mil funcionários.
O empregado precisa ter confiança no contrato firmado e se sentir bem