Na tarde da segunda-feira (26/11), o Partido Pátria Livre (PPL) e o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) anunciaram sua próxima união em um mesmo partido, através de nota assinada pela presidenta Luciana Santos (PCdoB) e pelo presidente Sérgio Rubens de Araújo Torres (PPL).
A forma desta união será a incorporação do PPL no PCdoB – com reunião entre seus órgãos de direção no próximo domingo, dia 2 de dezembro.
Em sua nota, os presidentes do PPL e PCdoB consideram:
“A eleição de Jair Bolsonaro, da extrema direita, coloca em alto risco a democracia, a soberania nacional e os direitos do povo brasileiro.
“Face a essa realidade, impõe-se a união das mais amplas forças políticas, sociais, econômicas e culturais para empreender a resistência e exercer a oposição, tendo como convergência a defesa da democracia, da Constituição de 1988, dos direitos dos trabalhadores e dos interesses nacionais.
“Diante desse quadro e visando a cumprir suas responsabilidades com o Brasil e seu povo, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e o Partido Pátria Livre (PPL) iniciaram um elevado diálogo, buscando uma solução política e jurídica para atender às exigências, na forma da lei, de superação da cláusula de desempenho – e assim criar as condições para seguir cumprindo um papel relevante na busca de soluções para o Brasil, particularmente nesse período de resistência democrática em que ingressamos.
“Desse diálogo frutífero, veio a convicção de que as duas legendas, em relação ao presidente eleito e ao seu futuro governo, têm o entendimento comum, a visão tática confluente de que é preciso agregar, sem hegemonismos ou imposições, um leque amplo de forças para empreender a resistência, a oposição e a luta contra o retrocesso e o obscurantismo. As conversações também ressaltaram as afinidades programáticas entre os dois partidos.
“De comum acordo, as direções das duas legendas concluíram, então, que o caminho para realizar os objetivos propostos é o da unidade, cujo encaminhamento prático, legal e imediato é a incorporação do PPL ao PCdoB. Esse processo, assentado na legislação e nos estatutos das duas legendas, se efetivará simultaneamente em suas instâncias de decisão e deliberação.
“Para concretizar esse processo, acontecerá, no próximo dia 2 de dezembro, uma reunião conjunta de instâncias máximas das duas legendas, na qual será comunicada a decisão tomada. O evento ocorrerá às 10 horas no auditório do Sindicato dos Eletricitários, na cidade de São Paulo, rua Thomaz Gonzaga, 50, Liberdade.”
NOVA SITUAÇÃO
Nas semanas após o segundo turno das eleições, avolumaram-se as manifestações e movimentos para a formação de um bloco que consiga unificar uma ampla frente democrática no Brasil.
É evidente, como ressalta a nota conjunta do PCdoB e PPL, que a eleição de Jair Bolsonaro colocou uma nova situação para o país, em especial para suas forças mais progressistas: uma situação em que a liberdade, isto é, as conquistas democráticas dos brasileiros, tanto no campo político, como também no campo social e no campo nacional, estão seriamente ameaçadas.
Se a situação de risco à democracia já era evidente com a eleição de Bolsonaro, mais nítido ainda esse risco com os nomes até agora conhecidos que irão compor o governo que começa em janeiro.
Daí a afirmação, coincidente em várias personalidades de vários partidos (p. ex., Ciro Gomes, do PDT, Marina Silva, da Rede, Carlos Siqueira, do PSB, Orlando Silva, do PCdoB) de que é necessário formar “um novo campo político”, um novo “movimento democrático”, um “bloco democrático”.
Ou, como dizem, em sua nota, o PPL e o PCdoB: “é preciso agregar, sem hegemonismos ou imposições, um leque amplo de forças para empreender a resistência, a oposição e a luta contra o retrocesso e o obscurantismo”.
Desse ponto de vista, não será em torno de Lula e do PT que será possível a formação de uma ampla frente democrática para impedir as ameaças ditatoriais.
A própria incapacidade do PT de empreender qualquer autocrítica verdadeira, de assumir sua responsabilidade pela situação atual do país e pelo resultado das eleições – e ainda cobrar submissão de outros ou jogar sobre outros uma responsabilidade que é sua (v. a recente entrevista de Fernando Haddad ao jornal “Folha de S. Paulo”, edição de 26/11/2018) – mostra essa impossibilidade.
Aqui, é inevitável mencionar que não se pode basear a resistência democrática em uma encenação, na qual delitos passam a ser inexistentes apenas porque se diz que eles não existem, quando todos sabem que eles existiram – e punições por delitos, condenações por roubos do dinheiro e do patrimônio da Nação, passam a ser “perseguições” apenas porque se sacou da algibeira essa “narrativa”, com o óbvio objetivo de continuar fazendo a mesma coisa.
Daí, as manifestações de uma gama de forças, que sentem a necessidade de unir-se para defender a democracia e os interesses nacionais – o país e seu povo.
É verdade que, como diz a nota do PCdoB e PPL, não é suficiente a unidade das forças mais identificadas com o nosso povo, mas “impõe-se a união das mais amplas forças políticas, sociais, econômicas e culturais para empreender a resistência e exercer a oposição, tendo como convergência a defesa da democracia, da Constituição de 1988, dos direitos dos trabalhadores e dos interesses nacionais”.
A unidade entre o PPL e o PCdoB é parte do caminho para superar o período difícil, para o Brasil, que se iniciou com o resultado das eleições presidenciais.
Como sempre, é preciso aprender alguma coisa com a realidade. Sobretudo com os reveses. Não estamos condenados a repetir sempre o mesmo – pelo contrário, transformar a derrota em vitória faz parte da qualidade de ser humano.
Sobretudo no nosso caso, considerando a História do Brasil.
C.L.
Unir forças em defesa do Brasil e da nossa soberania!
QUALQUER UNIÃO ENTRE PARTIDOS PARA COMBATER O ENTREGUISMO , PRINCIPALMENTE,,FORTALECER OS DIREITOS DO POVO,DEVE OBRIGATORIAMENTE EXCLUIR QUALQUER POSSIBILIDADE DE SE ACEITAR PARTICIPAÇÃO NESSA UNIÃO
DO PT E ASSEMELHADOS POIS SE NÃO , JÁ ANTES DE SE FORMALIZAR ESSA UNIÃO PARTIDÁRIA , ELA JÁ ESTARIA DESMORALIZADA.
engraçado,o PT tem 38 anos de resistência! antes nem exsitia partidos como o PSOL,PSTU,PCO,PPL,etc… Agoram querem tirar o maior partido de esquerda pós-ditadura das lutas pela democracia? P/ começar:Pq. não se unem o PCB e o PCdoB,que p/ mim são a mesma coisa? O PT começou lá nos anos 80,como partido pequeno e chegou onde está hoje crescendo muito.E esses outros partidos nanicos não crescem porquê? Se não quiserem o PT nessa Frente Democrática Ampla será a maior burrice do campo progressista de todos os tempos! Só p/ lembrar:Qual é a maior bancada da Câmara Federal? e não dizem nada sobre a liberdade do Lula? kkk! Tô vendo que tem neguinho querendo ser o “próximo Lula” isso sim! E o Ciro covarde,não fala nada? Fugiu do Brasil coma desculpa de viagem para não apoiar o Haddad! Seria ele “uma quinta coluna da direita”‘? Pensem bem,camaradas! Brizola deve estar se remexendo no túmulo vendo seu partido,o PDT se submeter a uma figura dessas!
No momento, o PT tem 13 anos de roubo, leitor. Oito com o Lula e cinco com a Dilma. Mas ninguém é contra que ele faça parte da frente. Apenas, não vai ser jogando a culpa em cima do Ciro – ou lá em quem seja – que vai deixar o esgoto onde se encontra.