O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou uma variação de 0,8% no 3º trimestre de 2018 na comparação com o trimestre anterior, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado do ano, o resultado foi de 1,1%.
No terceiro trimestre de 2018, o PIB alcançou R$ 1,716 trilhão, sendo R$ 1,464 trilhão do valor adicionado a preços básicos e R$ 252,2 bilhões dos impostos sobre produtos líquidos de subsídios. A taxa de investimento foi de 16,9%.
O resultado é, na prática, equivalente a zero se considerado que o “crescimento” foi sobre o período da greve dos caminhoneiros, quando o trimestre registrou também um resultado pífio, de apenas 0,2%.
Além disso, na série dos últimos dois anos os resultados trimestrais não passam de 1%, com exceção do 1º trimestre de 2017, que o resultado foi de 1,1%. A partir daí os resultados foram os seguintes:
2017
1º TRI – 1,1%
2º TRI – 0,6%
3º TRI – 0,3%
4º TRI – 0,2%
2018
1º TRI – 0,4%
2º TRI – 0,2%
3º TRI – 0,8%
É diante desse cenário que se “comemora” o resultado de 0,8%, como se significasse alguma “retomada de crescimento”. Os resultados são abaixo de 1% nos setores da indústria (0,4%), serviços (0,5%), agropecuária (0,7%), consumo das famílias (0,6%), consumo do governo (0,3%), construção civil (0,7%).
Resultados acima desses índices, foram apenas a exportação (6,7%) e importação (10,2%), confirmando a política de pendurar a economia no mercado externo, o que se evidencia nos dados da indústria anunciados no último período.
Dados divulgados pela Abimaq revelaram, na última terça-feira, 27, que as vendas de máquinas e equipamentos produzidos pela indústria brasileira, no acumulado de janeiro a outubro de 2018, tiveram uma redução -0,7%, em relação ao ano anterior. Já as importações cresceram 16,4% acima de 2017.
Enquanto isso, o país ainda amarga com um desemprego de 12,4 milhões de pessoas, segundo o IBGE.