A indústria de transformação no estado de São Paulo apresentou um recuo de -0,1% em outubro, em relação a setembro, de acordo como Indicador de Nível de Atividade (INA), no acompanhamento da série com ajuste sazonal, divulgado pela Federação da Indústria do Estado de São Paulo (FIESP).
Nos últimos 12 meses o indicador manteve o ritmo de desaceleração. Reduziu para 2,6% a variação de outubro em relação a setembro, depois de ter tido em setembro uma variação de 3,3%, após o pico de 6,4% em abril.
Dos 20 segmentos que fazem parte da pesquisa, dez deles apresentaram recuo, com destaque para o de Móveis, com uma retração de 5,0%, seguido pelos segmentos de Máquinas e material elétrico -2,0% e Máquinas e equipamentos -2,1%. Bebidas com + 2,8% destacou-se entre os setores com variação positiva.
O INA é a síntese da pesquisa “Levantamento de Conjuntura” da FIESP junto a 450 industrias, compondo quatro indicadores, ou seja, Vendas Reais (TVR), Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), Horas Trabalhadas na Produção (HTP) e o da Produção Industrial Mensal (PIM-SP).
Em outubro as vendas reais caíram 1,3%, e a capacidade instalada teve um recuo de 0,4 ponto percentual, ficando com 24,5% de ociosidade. As Horas Trabalhadas na Produção (HTP) apresentaram uma limitada alta de 0,1%.
A Pesquisa Rumos, realizada desde 2008, também, pela Fiesp e pelo Ciesp, também traz outros dados e informações do setor, mostrando que para 34,1% das indústrias paulistas a expectativa para o fim de ano é de movimento menor que o de 2017, contra 23,5% que assim avaliavam em 2017 em relação ao ano anterior.
Em relação às empresas que usam o financiamento de terceiros como principal fonte de recursos para pagar o 13º salário, 56,5% afirmaram que as dificuldades estão maiores do que no ano passado, 36,2% disseram que estão iguais, 5,8% que estão menores e 1,4% não tiveram nenhum problema. As empresas de pequeno porte são as que estão mais pessimistas. São elas as que mais devem recorrer a bancos para pagar parte do 13º salário.
Em relação ao fechamento de vendas em 2018, na média as empresas têm expectativa de um crescimento de 0,6%. Este resultado está abaixo da alta de 2,5% esperada para as vendas de 2017.