Após três quedas consecutivas, a produção industrial registrou variação de 0,2% na passagem de setembro para outubro. Os dados foram divulgados pela pesquisa mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e ficaram abaixo das expectativas do mercado cuja projeção era de crescimento mensal vigoroso.
Com o resultado, a indústria inicia o quarto trimestre do ano sem conseguir recuperar alguma parcela das perdas do trimestre anterior, acumulada em -2,7%. Em setembro, o volume de produção do setor recuou -1,8%, após ter registrado queda de -0,7% em agosto e de -0,2% em julho.
Ainda assim, o setor acumula em 2018 até outubro um crescimento de 1,8% sobre os mesmos dez meses de 2017. O resultado, no entanto, coloca o volume de produção ainda 16,2% abaixo do pico registrado em 2013.
Setores
Os macrossetores de bens de consumo intermediários, semi e não duráveis representam 80% da produção industrial e foi graças aos resultados das empresas que fazem parte desses grupos que o desemprenho em outubro não foi satisfatório. O destaque ficou com a queda nos produtos alimentícios, de 2% apenas na passagem de setembro para outubro – refletindo na outra ponta o baixo consumo das famílias.
Ainda assim, 17 dos 26 ramos analisados cresceram no comparativo mensal, com destaque para a indústria extrativa (+3,1%), máquinas e equipamentos (+8,8%), veículos automotores (+3%) e bebidas (+8,6%).
Os setores de metalurgia e coque, derivados de petróleo e biocombustíveis também tiveram resultados negativos de -3,7% e -1,2%, respectivamente.
PIB
A economia brasileira avançou 0,8% no terceiro trimestre na comparação com o mesmo período anterior, segundo dados do IBGE. A participação da indústria na composição do PIB (Produto Interno Bruto) é avaliada por economistas como “insatisfatória”, mas contribuiu com variação positiva de 0,4% – o primeiro resultado positivo no ano.