Os partidos já se movimentam na disputa pelo comando do Senado. O PDT, o PSB, o PPS e a REDE Sustentabilidade confirmam tratativas visando a criação de um bloco parlamentar para atuar na casa. Por outro lado, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) informou que seu pai, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), não deverá interferir nas eleições do Senado Federal. Esses fatos fortalecem a indicação de Tasso Jereissati para presidir a instituição.
O senador Cid Gomes (PDT-CE), um dos articuladores do bloco, enfatizou na semana passada, em entrevista ao programa Poder em Foco, do SBT, que o senador Tasso Jereissati (PSDB) “é certamente um nome respeitado e teria condições de assumir a presidência do Senado”. “Tasso é um nome excelente, tem o perfil. Nosso objetivo é compor uma maioria e, para isso, é preciso abrir portas”, destacou.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), que teria o apoio do PT, vem perdendo adeptos na corrida pelo cargo. O senador Cid Gomes (PDT-CE) aconselhou Renan Calheiros a esperar mais dois anos para voltar a postular o cargo. E Eduardo Bolsonaro, por sua vez, informou que seu partido, o PSL, não apoiará Renan. “O que ele tem a oferecer de novo? Qual é a colaboração que eles podem dar?”, indagou. Assim que ouviu as ponderações de Cid e de Eduardo, Renan, que participou, na semana passada, de um jantar secreto com Paulo Guedes, saiu atirando contra Jereissati.