Em artigo, Fernando Henrique Cardoso defendeu o desembarque do PSDB do governo Temer na convenção do partido em dezembro “ou sua confusão com o peemedebismo dominante o tornará coadjuvante na briga sucessória”.
Segundo FHC, o PSDB “precisa passar a limpo o passado recente” para ter um nome competitivo em 2018. “Deveria prosseguir no mea culpa apresentado na televisão sob os auspícios de Tasso Jereissati, sem deixar de dar a consideração a quem quase o levou à Presidência. É hora de decidir, e não de se estiolar em ‘não decisões’”.
“Terá cara renovada em 2018? Os cabelos não precisam ser tingidos, mas a alma deve ser nova, para que a coligação que formar ganhe credibilidade e possa virar a página dos desastres recentes”, diz FHC em artigo publicado nos jornais “O Globo” e “Estado de S. Paulo”, no domingo.
Por sua vez, na segunda-feira (6), o presidente em exercício do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), cobrou uma posição dos ministros do partido. “Se os ministros do PSDB não saírem por iniciativa própria, vai ficar ruim para eles. Pois o partido vai sair do governo. Mas tem ministro que não quer sair de jeito nenhum. Estão agarrados aos cargos”, alertou Tasso no blog do Gerson Camarotti, da Globonews.
São quatro os ministros do PSDB: Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Aloysio Nunes (Relações Exteriores), Bruno Araújo (Cidades) e Luislinda Valois (Direitos Humanos).