O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes mandou soltar Wilson Carlos, ex-secretário de Sérgio Cabral (MDB) e responsável por operar as propinas no estado, na última 1008sexta-feira (7).
Wilson estava preso desde novembro de 2016 por ter operado as propinas da gestão de Cabral, conforme investigado na Operação Calicute. Mais especificamente, sua função era exigir o pagamento das propinas das empresas.
A decisão de soltar o ex-secretário, tomada por Gilmar Mendes, é extensão de um hábeas corpus concedido pelo mesmo ministro ao ex-secretário de Obras de Cabral, Hudson Braga, e diz respeito somente à prisão preventiva decretada em 2016. Para Gilmar, não há motivos para pensar que estes dois em liberdade ofereçam qualquer risco às investigações.
Em substituição à reclusão, Wilson não poderá manter contato com os demais investigados, ficou proibido de deixar o país, teve que entregar seu passaporte e deverá se recolher em casa durante as noites e aos finais de semana e feriados.
Há uma semana, no dia 4, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), órgão de segunda instância, condenou o ex-secretário de governo a 18 anos e um mês de prisão, mas não decretou prisão.