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O senador Tasso Jereissati (CE) afirmou, na terça-feira (11), que o senador Aécio Neves (PSDB/MG) já “prejudicou muito” a imagem da legenda e que é preciso “dar um jeito nesse problema”.
“Eu acho que o Aécio já prejudicou muito o partido. E, se isso for comprovado, é um negócio muito sério”, disse, ao ser questionado sobre as novas denúncias contra o senador mineiro em um esquema de propinas do grupo J&F, controladora da JBS.
Jereissati já ocupou a presidência do PSDB em duas oportunidades (1991 a 1993 e 2005 a 2007). Quando indagado se o caso era relevante até para expulsão de Aécio Neves da sigla, não poupou críticas ao senador.
“Não estou mais na direção do partido, a gente tem que dar um jeito nesse problema. A imagem do partido não pode mais ficar ligada a isso para o resto da vida. Tem que dar um jeito”, complementou.
O senador também foi questionado sobre a mesada de R$ 50 mil mensais, que Joesley Batista afirma que a JBS repassava para Aécio por meio da rádio Arco Íris, de propriedade da família dele. Tasso disse: “Se essa mesada for realmente verdadeira, é uma questão séria”.
A Operação Ross, deflagrada pela Polícia Federal na manhã da terça-feira (11), cumpriu mandatos de busca e apreensão em vários endereços do senador tucano. Aécio liderou uma associação criminosa que tinha como finalidade comprar apoio político para sua campanha presidencial nas eleições de 2014. Íntegra do pedido da PGR
A Operação Ross, um desdobramento da Operação Patmos, deflagrada em maio de 2017, investiga o pedido de propina de R$ 128 milhões pelo senador à JBS entre os anos de 2014 e 2017. Também são investigados os senadores Agripino Maia (DEM/RN) e Antônio Anastasia (PSDB/MG), e os deputados federais Cristiane Brasil (PTB/RJ), Benito Gama (PTB/BA) e Paulinho da Força (SD/PR).
As investigações mostram que Aécio Neves efetivamente recebeu R$ 109,3 milhões para a campanha presidencial da coligação apoiadora do PSDB. O valor foi solicitado por Aécio em encontro com Joesley no início de 2014.
Aécio, irmã, primo e 5 parlamentares são alvos da PF por propina da JBS