A revelação do Executivo-chefe do Google, Sundar Pichai, em audiência na Comissão de Justiça da Câmara dos deputados expôs ao ridículo a propalada “interferência russa” na eleição presidencial dos EUA em 2016.
Afinal, e inesperadamente, surge uma luz sobre quanto foi que “os russos” gastaram para “intervir nas eleições dos EUA de 2016”. “4.700 dólares”, revelou em depoimento ao Comitê de Justiça da Câmara de deputados dos EUA o executivo-chefe da Google, o indiano-americano Sundar Pichai.
Como ele esclareceu, a Google chegou a este número após “investigação minuciosa”. Explicação que deixou a lenda urbana do ‘Russiagate’ muito mal das pernas: quatro mil e setecentos dólares numa eleição em que o Himalaia de dólares gastos na campanha chegou à altura de centenas de milhões, a bilhão de dólares.
Partiu do deputado democrata novaiorquino, Jerry Nadler, a iniciativa de fazer a pergunta que poderia, quem sabe, pegar Putin e encurralar de vez Trump: “O Google agora sabe até que ponto suas plataformas on-line foram exploradas por atores russos nas eleições de dois anos atrás?”
Sem hesitação, Pichar asseverou que “fizemos uma investigação muito minuciosa em 2016, e sabemos agora que houve duas principais contas de anúncios no Google vinculadas à Rússia, no total de US $ 4.700 em publicidade”.
Como comentou à RT um analista, que foi identificado apenas como ‘Lionel’, “os democratas estavam com sua testemunha-bomba”, no Comitê Judiciário da Câmara, o mesmo que tentará destituir Trump, e bastava que esta dissesse “a coisa certa”. Era só o chefe do Google dizer: ‘sim, houve enorme pressão, influência e anúncios por parte dos “russos”.
Um momento único na carreira política do democrata Nadler.
E aí, deu o maior chabu.
“É isso – US$ 4.700?”, divertiu-se o entrevistado, que lembrou ainda que Pichar também disse que alguns dos anúncios nada tinham ver com Hillary ou Trump em si.
“Essa é a história de que a grande mídia corporativa nunca fala”, acrescentou.
Por ser advogado, Lionel sugeriu que se ele tivesse o chefe da Google de testemunha e soubesse que ele iria dizer que havia menos de US $ 5.000 em anúncios por parte dos “russos” , não teria feito a ele tal pergunta: “Eu teria passado, ou deixado mais alguém falar com ele. Eu não traria isso à tona”.
Para o analista, o objetivo dessas investigações do Russiagate “não é a verdade”. A grande questão – assinalou – é por que essas pessoas ainda persistem [nisso] “quando, desde 2016, não encontraram um exemplo, nem um pouco de evidência, nem um centavo de fato mostrando que a Rússia realmente afetou significativamente a eleição, algo de substancial”.
Lionel considera que a razão pela qual os democratas ainda persistem na encenação do “conluio russo” é que precisam explicar “como Hillary perdeu a eleição”. “Ela teve que se explicar para muitas pessoas ricas e poderosas que estavam muito bravas com ela, que lhe deram muito dinheiro, às quais fez muitas promessas de que iria ganhar.”
Lembrando a famosa definição de insanidade de Einstein, que é fazer a mesma coisa várias vezes e esperar um resultado diferente, ele concluiu: “Eu não sei quantas vezes os democratas precisam saber que não houve conluio russo”.
A revelação sobre os US$ 4.700 gastos “pelos russos” ocorreu na mesma audiência, no dia 11 em que Pichai desvendou o mistério de porque imagens do presidente Trump têm aparecido nos resultados de busca do Google pela palavra “idiota” desde pelo menos o verão de 2018.
A.P.