Apesar do cessar-fogo ordenado por Bolsonaro, seus aliados continuam se atacando e assunto vai para as redes sociais.
O deputado eleito Alexandre Frota (PSL) acusou o futuro ministro do Turismo, também deputado eleito Marcelo Álvaro Antônio, de ter abrigado na equipe de transição um “petista” e “lobista” da indústria farmacêutica.
“Não pode. Não pode. O PT tem que ser banido”, disse Frota em recado aos seus seguidores. “Esse Saulo lobista está na transição no Turismo”, escreveu Frota. “Esse Governo foi escolhido por amigos, filhos, cumpadis, e militares ok, mas será que ninguém esta vendo o Pt chegando?”, afirma Frota no seu Twitter.
Alexandre Frota afirmou que Álvaro Antônio abrigou na equipe de transição Saulo Meira Serra. Saulo fez parte do ministério da Saúde de Dilma, enquanto o MDB controlava a pasta, o que para o deputado eleito é o suficiente para configurá-lo como petista.
Marcelo Álvaro Antonio respondeu a acusação falando que nunca “teve qualquer tipo de informação que o [Saulo Meira] ligasse a tal área”, mas que vai averiguar. Mesmo assim chamou Frota de “desleal”. Os ataques entre ambos ocorreram um dia depois de Bolsonaro pedir para seus aliados se controlarem.
O presidente eleito admitiu que com este comportamento, “fica difícil a gente conseguir maioria no Parlamento para aprovar o que interessa ao Brasil” e que trabalharia para “acalmá-los”. Não funcionou.
Uma semana após o barraco na bancada de deputados do PSL, envolvendo a deputada eleita Joyce Hasselman e o deputado Eduardo, Bolsonaro reuniu-se com a bancada na quarta-feira (12) e impôs a lei do silêncio aos parlamentares do PSL. Ele disse para sua bancada priorizar conversas presenciais e evitar o Whatsapp.
A briga interna do PSL veio a público por conta de mensagens de Whatsapp vazadas. Nelas, Eduardo Bolsonaro acusava Joyce de atropelar “qualquer um que esteja à frente de seus objetivos pessoais”, e que o objetivo dela agora seria se tornar lidar da bancada do PSL.
Ele chamou Joyce de “sonsa” e que ela tem “fama de louca”.