As luzes de uma grande árvore de Natal se acenderam no dia 24, no centro da cidade síria de Alepo. Com música e dança, os moradores da cidade celebraram o Natal assim como o segundo ano da libertação da cidade cuja metade, ao leste, incluindo a Alepo antiga, ficara por quatro anos nas mãos dos terroristas que invadiram a Síria sob mando dos Estados Unidos e com apoio da Arábia Saudita e Qatar.
A celebação começou oficialmente no dia 23, no Estádio Al Assad, com a presença de público e de autoridades.
O evento teve início com uma parada militar de integrantes do Exército Árabe Sírio e foi seguido por canções nacionais cantada por coral de estudantes da cidade de Alepo. Houve apresentações de esportistas e danças folclóricas de armênios e cherqueses.
As atividades também incluíram um balé e recital de poesia.
A cidade viveu durante quatro anos uma guerra de posições com os moradores do leste feitos reféns e obrigados a seguir as normas draconianas impostas pelos terrotistas fanáticos do grupo – que incluiu comedores de fígado humano – Jabhat Al Nusra, que diante do desgaste que sofreram após postar vídeos vangloriando-se de suas barbaridades, mudaram de nome para Jabhat Fatah Al-Sham.
A tranquilidade voltou à cidade, com seus moradores já em dezembro de 2016 podendo comemorar a festa cristã do Natal nas ruas (na região dominada pelos terroristas Al Nusra de 2012 a 2016 qualquer ato religioso cristão era punido com decapitação, fuzilamento ou apedrejamento).
A ofensiva final para debelar o flagelo terrorista, marcou a virada rumo à vitória do povo sírio, seu exército e dirigentes, sobre os invasores e foi denominada de Operação Aurora da Vitória. Ela começou no dia 15 de novembro e se estendeu até 22 de dezembro de 2016, quando a capitulação dos mercenários fez com que eles saíssem em comboio rumo ao Estado de Idlib, a última das regiões em disputa no país.
Em declaração aos jornalistas do portal Russia Today, um dos moradores afirmou: “Alepo vive. Ela seguiu viva apesar da guerra e do cerco. Como podemos testemunhar agora, o retorno dos camponeses e cidadãos a suas terras e aldeias vizinhas, que foram destruídas pelo terrorismo e agora são reconsetruídas vale um sonoro e caloroso Amém”.
“Esperamos que possamos reconstruir a Síria, fazê-la melhor do que era antes dos ataques. É um tributo ao determinado, paciente e vitorioso povo de Alepo. Nossa esperança é que toda a Síria, assim como aconteceu em Alepo, se veja livre do terrorismo e que a vitória total chegue a todos em breve. Feliz Natal”.