A declaração do presidente da Bolívia refere-se a insulto racista do deputado estadual do Rio de Janeiro Rodrigo Amorim (PSL), que disse: “quem gosta de índio, que vá para a Bolívia”
“Lamentamos o ressurgimento de ideologia de supremacia racista, como réplica da xenofobia do governo dos Estados Unidos. Perante a intolerância e a discriminação, nós, povos indígenas promovemos o respeito e a integração. Temos os mesmos direitos porque somos filhos da mesma Mãe Terra”, afirmou o presidente da Bolívia, Evo Morales, de origem aimará, a propósito da ofensiva declaração do deputado estadual do Rio de Janeiro Rodrigo Amorim, do PSL, que disse “que quem gosta de índio, que vá para a Bolívia”.
Em declaração na sexta-feira (4) sobre a Aldeia Maracanã, um terreno onde até 1977 funcionou o Museu do Índio e que abriga famílias indígenas, o deputado disse que é necessária uma “faxina” no local, afirmando que “quem gosta de índio que vá para a Bolívia, que, além de ser comunista, ainda é presidida por um índio”. Segundo as esdrúxulas declarações do deputado, o espaço poderia servir como estacionamento, shopping, área de lazer ou equipamento acessório ao estádio do Maracanã, que fica ao lado da Aldeia.
A ministra boliviana das Comunicações, Gisela López, escreveu no Twitter que o deputado brasileiro “despreza com ignorância supina nossos antepassados, com palavras que demonstram cegueira e pobreza espiritual”.
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