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A Marinha do Brasil testou em 27 de novembro do ano passado, o Míssil Antinavio Nacional de Superfície (Mansup), na área marítima entre o Rio de Janeiro e Cabo Frio, durante a Operação Missilex. Esse foi o primeiro lançamento de um míssil superfície-superfície com tecnologia totalmente brasileira.
O disparo foi realizado de um navio de batalha de pequeno porte, de nome Corveta Barroso V-34. O míssil voou a 1000 km por hora, bem próximo da superfície, acompanhando o movimento da água do mar e caiu no ponto central das coordenadas programadas – um navio-tanque de 13 mil toneladas (G-27 Marajó) desativado há dois anos, que servia de referência na operação. Não houve explosão.
Veja como foi o lançamento do Mansup
O míssil pesa cerca de 1 tonelada, com 5,87 m de comprimento e 34,4 cm de diâmetro, e é dividido em 5 seções: autodiretor, compartimento de vante, seção de telemetria, seção de motores e seção de ré. No teste, o protótipo levava uma carga de sensores eletrônicos na cabeça de guerra, a ogiva, para fazer medições de telemetria.
Em um ataque real o Mansup estaria recheado com até 180 quilos de explosivos de alto rendimento; o suficiente para afundar, por exemplo, uma fragata de 5 mil toneladas.
Os dados do seu comportamento em voo foram registrados por meio de telemetria, também desenvolvida no Brasil, e, após analisados, orientarão os próximos passos e lançamentos.
O Mansup nos coloca em um seleto grupo de apenas dez países no mundo com esse desenvolvimento tecnológico no setor, como Estados Unidos, Rússia e China.
Ele é o primeiro modelo de uma família, cuja ambição prevê para seqüência o lançamento do Mansup de submarinos submersos, aviões de combate e helicópteros pesados.
Inspirado nos modelos Exocet, da França, conhecidos em todo o mundo há 37 anos, o Mansup começou há a ser desenvolvido há dez anos, cujo custo consumiu R$ 380 milhões.
Gerenciado pela Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha (DSAM), o projeto sigiloso está sendo executado por quatro empresas do setor privado.