Desde 2012, inadimplência aumenta 27,98%
O número de brasileiros com pelo menos uma conta a pagar em atraso aumentou 4,41% em 2018 em relação a 2017. São 62,6 milhões de CPFs com restrição para obter ou fazer compras a crédito.
O número representa 41% da população adulta no país.
O histórico do indicador desde 2012 é ainda mais alarmante, acumulando 27,98% de aumento da inadimplência no período.
2012 = 6,8%
2013 = 3,7%
2014 = 3,4%
2015 = 4,2%
2016 = 1,4%
2017 = 1,3% e
2018 = 4,41% ou 27,98 % acumulados.
Os dados são baseados no Indicador de Inadimplência da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
As dívidas de contas básicas como consumo de água e luz aumentaram 14,88% em 2018. As dívidas com cartões de crédito, cheque especial, e empréstimos aumentaram em 6,81%.
Os índices de inadimplência por faixa etária são os seguintes:
De 40 a 49 anos = 50%
De 30 a 39 anos = 52% ou 17,8 milhões de pessoas.
De 25 a 29 anos = 44%
De 18 a 24 anos = 17%
Na população idosa, considerando-se a faixa etária entre 65 a 84 anos, a proporção é de 32%.
Sudeste é a região que apresenta maior dilatação da quantidade de inadimplentes com 8,44%. Também em termos absolutos o Sudeste concentra o maior número de inadimplentes 26,65 milhões ou 40% do total de consumidores dos estados (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo).
O Nordeste com 17,01 milhões de negativados e o Sul com 8,3 milhões vem na sequência, com respectivamente 42% e 36% da população adulta.
A pesquisa é feita com as informações disponíveis nas bases de dados do SPC Brasil, referentes as capitais e interior das 27 unidades da federação. A estimativa do número de inadimplentes apresenta erro aproximado de 4 p.p., e um intervalo de confiança de 95%.