O presidente boliviano, Evo Morales, ameaçou expulsar o encarregado de Negócios da embaixada dos EUA, Peter Brennan, após acusá-lo de planejar uma “conspiração” contra o seu governo, a partir de acusações de suposta corrupção e narcotráfico feitas nas últimas semanas.
“Se segue conspirando, se segue financiando à direita, se segue planificando uma conspiração, não tremeria a mão para expulsar novamente o encarregado de Negócios da embaixada dos Estados Unidos, porque somos dignos”, declarou Evo em um discurso em Llanagua na última terça-feira.
Brennan é a máxima autoridade do governo norte-americano na Bolívia desde a expulsão do embaixador Philip Goldberg, em 2008, pela tentativa de fracionar o país a partir do planejamento de um golpe a partir do financiamento de setores fascistas da chamada Meia Lua (Santa Cruz, Beni, Pando e Tarija), Evo ridicularizou os argumentos usados pelos setores golpistas e sublinhou que “a direita não tem ideia” de como atacar seu governo, lembrando que em 2008 se serviu da DEA e da USAID, notórios braços do imperialismo contra a soberania de países e povos.
A oposição mente da mesma forma como fez durante o referendo de 21 de fevereiro de 2016, ressaltou o presidente, quando por uma estreita margem foi vetada a sua primeira tentativa de concorrer em 2019. Evo ressaltou que assim como foi vítima de uma guerra suja para relacioná-lo a Gabriela Zapata, que está presa acusada de vários delitos econômicos, estão tentando desesperadamente inventar algo que possam impedir o país de continuar crescendo de forma altiva e independente.