O crescimento da economia brasileira calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) através do índice Monitor do PIB apresentou uma reduzida variação de + 0,3% no mês de novembro, em relação ao mês anterior. O mesmo cálculo comparando os resultados do trimestre encerrado em novembro com aquele encerrado em agosto indicaram o mesmo sofrível desempenho.
O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma do total de riquezas produzidas pela economia num determinado período. O Monitor do PIB-FGV faz um acompanhamento do PIB oficial, que é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentando ainda na comparação interanual, variações mínimas de crescimento de + 1,5% em relação a novembro de 2017 e de +1,4% sobre o trimestre encerrado também em novembro do ano passado
Além de mínimo, o crescimento de + 1,5% acima indicado não contou com desempenho satisfatório de dois segmentos da maior importância para a economia, ou seja, a indústria de transformação que teve uma redução de -1,1% nas suas atividades em relação a novembro de 2017 e a da construção apresentou um recuo -2,3%.
Para Cláudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV “há cinco meses a economia mantém média de crescimento mensal de 0,1%. Excetuando os meses de maio e junho de 2018, devido à greve dos caminhoneiros, percebe-se que esta estagnação já ocorria nos quatorze meses anteriores (março de 2017 a abril de 2018). Tal comportamento reflete desempenhos semelhantes da indústria e dos serviços.”
Observando ainda que: “a economia tem apresentado fraco desempenho, bem abaixo do seu potencial, tendo crescido 1,1%, em 2017 e com expectativa de crescer apenas 1,3% em 2018.”
Em termos monetários, o PIB acumulado em 2018 até o mês de novembro, em valores correntes, alcançou a cifra estimada em aproximadamente de 6 trilhões, 206 bilhões e 253 milhões de Reais.
Investimento
No trimestre móvel findo em novembro de 2018 a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que é a medida de investimento na economia, cresceu 2,6%, em comparação ao mesmo trimestre em 2017.
Apesar de crescer, a taxa de variação da FBCF tem se mostrado com tendência de queda.
A série histórica, iniciada em 2000, mostra que em janeiro de 2000 a taxa de investimento era de 18,3%. Passados aproximadamente dezenove anos, em novembro de 2018, a taxa de investimento permanece no mesmo patamar.