Três funcionários da Vale responsáveis pelo licenciamento da barragem de Brumadinho (MG), e dois engenheiros que atuam na empresa alemã Tüv Süd, responsável por fazer a auditoria na barragem, foram presos na manhã desta terça-feira.
Os mandados de prisão temporária foram expedidos pela juíza Perla Saliba Brito, da Comarca de Brumadinho da Justiça de Minas Gerais, e têm validade de 30 dias, podendo ser prorrogado pelo mesmo período.
De acordo com a juíza, as prisões temporárias têm como objetivo apurar a prática de homicídio qualificado, crimes ambientais e falsidade ideológica. “Verifico que é necessária a prisão temporária dos investigados por ser imprescindível para as investigações do inquérito policial”, escreveu a juíza. “Trata-se de apuração complexa de delitos, alguns perpetrados na clandestinidade.”
Segundo o MP-MG (Ministério Público de Minas Gerais), os três funcionários da Vale – César Augusto Paulino Grandchamp, Ricardo de Oliveira e Rodrigo Artur Gomes de Melo – estavam “diretamente envolvidos e responsáveis pelo empreendimento minerário e seu licenciamento”. Oliveira é gerente de meio ambiente, saúde e segurança do complexo, e Melo, gerente-executivo operacional. Grandchamp é geólogo e especialista técnico da Vale.
Os dois engenheiros da empresa alemã – Makoto Namba e André Jum Yassuda – “subscreveram recentes declarações de estabilidade das barragens, informando que aludidas estruturas se adequavam às normas de segurança”.
A investigação é realizada em conjunto pela Polícia Federal, MPF (Ministério Público Federal), as Promotorias mineira e paulista, e as Polícias Civil e Militar de Minas Gerais, e tem o objetivo de “apurar responsabilidade criminal pelo rompimento de barragem”.
NEGLIGÊNCIA
De acordo ainda com a juíza Perla Saliba Brito, o desastre causado pela empresa em Brumadinho poderia ter sido evitado.
Para a juíza, não é possível acreditar que “barragens de tal monta, geridas por uma das maiores mineradoras mundiais, se rompam repentinamente, sem dar qualquer indício de vulnerabilidade”.
“Convém salientar que especialistas afirmam que há sensores capazes de captar, com antecedência, sinais do rompimento, através da umidade do solo, medindo de diferentes profundidades o conteúdo volumétrico de água no terreno e permitindo aos técnicos avaliar a pressão extra provocada pelo peso líquido”, escreveu na decisão. Para Brito, isso mostra que havia “meios de se evitar a tragédia”, afirmou.
Ainda bem que os engenheiros que deram parecer favorável às barragens não são israelenses, pois o HP iria cair em cima com palavras duras contra todos os judeus e Israel.
Não. O que interessa é se foi fraude ou não. Apenas, começaríamos as investigações pela diretoria da Vale. Mas já é alguma coisa investigar quem assinou os laudos. E não confunda Israel com os judeus, comunidade com que temos excelentes relações.