
O botijão de gás de cozinha até 13 kg ficará mais caro a partir desta terça-feira (5). O novo preço médio do produto na refinaria para as distribuidoras, anunciado pela direção da Petrobras, será de R$ 25,33.
Esta é a quarta alta consecutiva no preço do gás liquefeito de petróleo (GLP) residencial, desde abril do ano passado, quando o valor cobrado era de R$ 22, 13.
O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), que representa distribuidoras de gás, afirmou que o reajuste deve ter impacto de entre 0,5% e 1,4%, de acordo com o polo de suprimento.
A entidade não informou qual será o preço final do produto para as famílias brasileiras, com o argumento de que as revendedoras têm a liberdade para definir o preço do produto.
Na semana passada, o preço médio do botijão de gás para o consumidor final em São Paulo estava em R$ 67,58, segundo o levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) – oscilando entre R$ 50 e R$ 90.
Na capital paulista, a agência encontrou revendedoras com botijão custando R$ 50 nos locais mais baratos e R$ 85 nos mais caros.
O novo aumento aponta que o governo Bolsonaro (PSL) manterá a política de preços de Michel Temer (MDB) para os combustíveis e seus derivados.
Em janeiro de 2017 o governo Temer atrelou o preço dos combustíveis ao dólar, provocando um aumento exorbitante na gasolina e no gás de cozinha. O fato ocorreu depois do governo Dilma (PT) ter aumentado em 15% o preço do gás de cozinha.
Com o preço dos combustíveis e seus derivados seguindo a cotação do dólar, o custo do gás de cozinha em alguns estados da federação superou 50% da renda dos mais pobres, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Outra realidade provocada por esta política foi o crescimento no número de pessoas queimadas devido à utilização de álcool e querosene para cozinhar. Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 1 milhão de brasileiros passaram a usar lenha ou carvão para cozinhar em todas as regiões do país – especialmente na região Norte, que no ano passado teve alta de 16%.