O governo de Pequim condenou a recente presença de dois navios de guerra norte-americanos próximos às ilhas Nansha Qundao, no Mar do Sul da China, e afirmou que, com tal ação, “os Estados Unidos violam a soberania chinesa e minam a paz, a segurança e a ordem”.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, reiterou que seu país tem uma “soberania indiscutível” sobre esse território e as águas circundantes, e repudiou as ações militaristas dos governos dos EUA e do Japão, que têm convertido as ilhas em alvo permanente de conflito.
Defendendo a segurança e a estabilidade, Chunying lembrou que a nação asiática sempre respeitou o princípio da “liberdade de navegação”, mas opõe-se, terminantemente, às tentativas de qualquer Estado de “prejudicar a soberania” dos demais e de fazer tábua rasa do direito internacional.
Para Joe Keiley, porta-voz da Sétima Frota dos EUA – com base no Japão -, as operações marítimas dos contratorpedeiros USS Preble e USS Spruance têm como objetivo “desafiar as reclamações marítimas excessivas e preservar o acesso às vias fluviais”. “Realizamos operações rotineiras e regulares de liberdade de navegação, como fizemos no passado e continuaremos a fazê-lo no futuro”, ameaçou Keiley, acrescentando que as forças estadunidenses operam na região do Indo-Pacífico “diariamente” e que continuarão “voando, navegando e operando…”.
No passado 7 de janeiro, outro navio de guerra estadunidense navegou próximo às ilhas Paracelso. Conforme o porta-voz da Frota do Pacífico dos EUA, Rachel McMarr, tudo baseado no “direito” e na “liberdade de navegação”. E, claro, acima de tudo baseado no autoproclamado “direito à provocação”.