Na sexta-feira, 15, Bolsonaro confirmou pelo “twitter” a informação dada pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, de que o governo espera realizar 23 leilões de concessões, incluindo portos e aeroportos, dentro dos primeiros 100 dias da sua gestão.
A expectativa, ainda conforme Bolsonaro, é de “arrecadar R$ 3,5 bilhões” com os leilões em 12 terminais para o próximo mês de março.
Segundo ele o pacote de concessões é “composto pelos aeroportos de Recife-PE, Maceió-AL, Aracaju-SE, Juazeiro do Norte -CE, João Pessoa, Campina Grande-PB, Vitória-ES e Macaé-RJ, Cuiabá e Sinop, Rondonópolis e Alta Floresta, todos em Mato Grosso”, explicou o presidente.
Além dos terminais aeroportuários, o Ministério da Infraestrutura ainda pretende arrendar mais 10 terminais portuários e a Ferrovia Norte-Sul nesse período. O valor total estimado em investimentos com essa ação supera R$ 7 bilhões.
TRAGÉDIA
Foram vários os modelos levados a efeito para realizar as privatizações, cada um criando mais facilidades para os “investidores” tidos como o supra sumo da eficiência administrativa e capacidade financeira.
Em relação às ferrovias, o governo já anunciou a antecipação na renovação das licitações de cinco, inclusive duas da Vale.
As privatizações estão entre os três principais objetivos que o governo Bolsonaro com Paulo Guedes no ministério da Economia, e sua propagada “eficiência administrativa” foi mais uma vez posta em cheque depois da mais importante das privatizadas, ou seja, a companhia Vale, ser responsável pelos dois maiores crimes contra a vida humana e contra o ambiente no Brasil, a de Mariana, em 20156 e agora de Brumadinho, que até ceifou até o momento, 169 vidas, além de 141 desaparecidos.