O governador de São Paulo se reuniu com o representante da montadora norte-americana no Brasil, Lyle Watters, na quinta-feira, 21, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, após a empresa ter anunciado que irá fechar sua fábrica em São Bernardo do Campo (SP), ainda este ano.
Após a reunião, Doria disse que “não há preocupação imediata dos funcionários da Ford, na perda de seus empregos. Vai continuar normalmente. Ao longo desse período, o governo vai ajudar a Ford a encontrar um comprador para o parque fabril para que ali possam permanecer os trabalhadores, ainda que com uma nova marca assumindo o parque industrial”, disse Doria.
O sindicato dos Metalúrgicos do ABC criticou a postura do governador. Para a entidade, o papel de Doria nas negociações com a montadora se resume a um “mero corretor”. E diz que o governador negou a presença do sindicato na reunião.
“O governador não pode resumir seu papel a mero corretor de imóveis da Ford”, disse o presidente do sindicato, Wagner Santana. Segundo a entidade a Ford está tentada vender a fábrica há mais de um ano. “Essa opção já vem sendo tentada há mais de um ano”.
Os mais de 3.200 funcionários da Ford decidiram no dia (19), em assembleia na empresa, entrar em greve imediatamente, após o anúncio da decisão de encerramento da produção da Ford.
O sindicato afirma que irá aos EUA para dialogar com a matriz da Ford. A entidade afirma que a Ford concordou em organizar uma reunião do sindicato e a direção mundial da montadora para discutir o futuro da fábrica de São Bernardo.
Em outra ação para evitar as demissões em massa, o sindicato disse que se reuniu com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e ficou definido que no dia 28, às 14h, uma reunião ocorrerá entre sindicato, empresa, Prefeitura e MPT para tratar do assunto.