
A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou, na quinta-feira (28), a identificação do corpo do bebê de apenas um ano e seis meses, Heitor Prates Máximo da Cunha, morto após o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho.

Heitor é filho de Paloma Prates, de 22 anos, que foi resgatada por uma corda logo após o rompimento da barragem. Ela estava presa na margem durante a enxurrada de lama, quando um homem identificado como Claudiney Coutinho arremessou uma corda para a jovem. Durante todo o resgate, ela apresentava dores no peito e cansaço.
Além do menino, ainda consta na lista seu pai, Robson Máximo Gonçalves, de 26 anos, e sua tia, Pâmela Prates da Cunha, de 13.
Depois de muito esforço, o socorro foi efetuado. Paloma ficou internada no Hospital Pronto-Socorro João XXIII durante quatro dias. Parte da ação foi registrada em um vídeo feito por um amigo do homem que a socorreu.
Na primeira entrevista concedida depois da tragédia, Paloma contou, no programa Mais Você, da TV Globo, que, no momento do rompimento, ela estava em sua casa com toda a família. “É muito triste. Na hora que eu escutei o barulho, já não tinha tempo de fazer mais nada. Na hora que eu me dei por mim, eu já estava ali naquele desastre”, contou.
Heitor, Paloma, Robson e Pâmela moravam na pousada Nova Estância há quatro anos; lá também era onde Rafael trabalhava. O local foi completamente destruído pelo tsunami de rejeitos. Lá também estavam os donos do estabelecimento, Cleosane Coelho Mascarenhas e Márcio Paulo Barbosa Pena Mascarenhas, além do filho do casal, Márcio Coelho Barbosa Mascarenhas, e outros hóspedes.
BUSCAS
Na tarde da quinta-feira, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, atualizou para 186 o número de mortos identificados na tragédia de Brumadinho.
Ainda de acordo com o órgão, 122 pessoas levadas pelo “mar de lama” provocado pelo rompimento da barragem da Vale continuam desaparecidas.
As buscas pelas vítimas do desastre seguem, em 15 frentes de trabalho, de acordo com o Corpo de Bombeiros.
Por causa do tempo instável, segundo a corporação, as condições para o uso de drones são desfavoráveis, e a operação continua intensa com as escavações com máquinas pesadas, que chegam 62 em operação.
Ao todo, 124 bombeiros – 111 de Minas e 13 de outros estados – estão mobilizados nas buscas.