Em outubro, o emprego com carteira registrou a criação de 76.599 vagas, segundo números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na segunda-feira (20) pelo Ministério do Trabalho. Houve comemoração nas hostes do governo, mesmo sem motivo. Primeiro porque a criação de 76.599 postos de trabalho em outubro ficou abaixo da média (83.234 vagas), para o mês, desde 2003. Segundo, porque a criação dessas vagas formais se deu, sobretudo, em trabalho temporário, notadamente no comércio (37.321 vagas).
Há que se registrar também que dois oito setores, analisados pelo Caged, apenas três ficaram positivos: além do comércio, indústria de transformação (33.200 postos) e serviços (15.915). Os outros cinco ficaram negativos, com destaque para construção civil (-4.764 empregos) e agropecuária (-3.551).
Com a manutenção da política de corte de investimentos e juros altos, passado os festejos de final de ano – assim como ocorreu com a agricultura após o período da safra –, o resultado da geração de emprego no setor de comércio não se sustentará, ainda mais com a entrada em vigor da lei de escravidão trabalhista de Temer.
De janeiro a outubro, houve a geração de 302.189 vagas celetistas e no acumulado dos últimos 12 meses houve fechamento de 294.305 de empregos formais.