No momento em que neozelandeses de todos os credos se reúnem diante da mesquita Al Noor, na cidade Christchurch, para rezar pelos mortos no massacre perpetrado pelo supremacista e direitista Brenton Tarrant, começam a emergir as histórias dos que heroicamente lutaram e conseguiram salvar vidas.
O imã (clérigo muçulmano) que dirigia as orações na segunda mesquita atacada, a de Linwood, para onde o assassino se dirigiu após matar 41 muçulmanos na Mesquita Al Noor, relata que a corajosa atitude de Abdul Aziz, refugiado afegão – que emigrou para a Austrália ainda criança e depois se estabeleceu na Nova Zelândia – foi decisiva para impedir que o morticínio fosse maior ainda. Em Linwood morreram 7 fiéis e um faleceu já hospitalizado.
Aziz, assim que viu Tarrant atirando nas pessoas, não correu, pegou uma máquina de cartão de crédito, que era o que objeto que conseguiu pegar e atirou na direção do assassino. Ele tentou atingir Aziz que se esquivou entre os carros do estacionamento. Segundo ele mesmo conta, Tarrant, depois de esgotada a munição da primeira arma, foi até o carro para pegar outra e deixou a primeira cair ao chão. Ele correu, pegou a arma que Tarrant havia deixado para trás e a atirou na direção do para-brisas do carro onde ele havia entrado, quebrando-o. Isso amedrontou o atirador que fugiu com o carro, para logo a seguir ser pego pela polícia.
No primeiro dos ataques, na mesquita Al Noor, o paquistanês e professor, Naeem Rashid, que morreu de seus ferimentos no hospital, jogou-se na frente do atirador para proteger os demais das balas.
O primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, anunciou Rashid vai ser homenageado como herói nacional “martirizado” ao tentar impedir o massacre na mesquita Al Noor.