“Confinamento em solitária é tortura”, denuncia a deputada norte-americana, de origem porto-riquenha, Alexandria Ocasio-Cortez, em pronunciamento no qual pediu a imediata soltura de Chelsea Manning.
“Chelsea está sendo torturada por fazer denúncias, ela deveria ser liberada sob fiança, e a solitária por períodos extensos deveria ser banida nos Estados Unidos”, afirmou a deputada que integra um grupo de parlamentares progressistas eleitos no mais recente embate eleitoral (eleições denominadas de “meio-termo”, realizadas em 2018) norte-americano.
Os comitês de apoio a Manning, Chelsea Resiste e Comitê de Apoio a Manning, agradeceram, em comunicado, as declarações de Ocasio-Cortez por chamarem a atenção para a situação da denunciante:
“Manning—que já ficou presa por sete anos na prisão por enviar um bloco de documentos classificados como secretos para Wikileaks—tem sido detida em solitária em uma prisão na Virgínia por cerca de quatro semanas por se recusar a responder diante de um júri”.
Alexandria Ocasio-Cortez, eleita pelo Estado de Nova Iorque, afirma: “Temos uma responsabilidade única de proteger aqueles que têm a coragem de se apresentar e apontar quando algo está errado, independente de quem quer que esteja no governo”.
Na segunda-feira, os advogados de Manning entraram com um pedido de liberação de sua cliente sob fiança.
“Uma vez que o cárcere não pode voltar o relógio, no que se trata da punição injusta já ocorrida, seu confinamento em excesso por mais de 15 dias já se constitui uma incurável violação do processo correto e, portanto, ela deve ser liberada de imediato” escrevem seus advogados.
A deputada exige que, no caso de Manning, o Congresso realize um exame minucioso da situação e destaca que “quando alguma coisa está errada no governo, e isto independe de partido, quando há excesso, abuso de poder, ou má conduta processual, temos a obrigação de examinar e investigar”.
